Cobranças do movimento sindical surtem efeito, mas banco precisa ceder mais para garantir a segurança de funcionários, clientes e evitar maior disseminação na sociedade

Em reunião com a Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander, na tarde de quarta-feira (26), o banco cedeu aos apelos dos trabalhadores e apresentou avanços no protocolo de prevenção à Covid-19.

A coordenadora da COE/Santander, Lucimara Malaquias, alertou, no entanto, que a pandemia não acabou e, com o surgimento da variante Ômicron, os casos de contaminação têm aumentado entre os funcionários do Santander. “Os avanços nos protocolos foram obtidos graças à atuação do movimento sindical, ao cobrar do banco mais rigor nas medidas de segurança para garantir a saúde e a vida dos bancários, clientes e evitar a disseminação da doença para a sociedade. Consideramos muito importantes, mas ainda insuficientes”, ressaltou. “Continuaremos monitorando as orientações técnicas e científicas e, se preciso, procuraremos o banco novamente”, completou.

Home office

A dirigente disse ainda que a COE continuará cobrando do banco a retomada do home office como principal medida de segurança nesse momento de agravamento da pandemia. E que continuará atenta e cobrando do Santander o respeito aos protocolos. “É fundamental que os bancários continuem denunciando aos seus respectivos sindicatos os casos em que as medidas não sejam cumpridas”, acrescentou.

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Medidas conquistadas

  • Nenhum funcionário deve trabalhar com qualquer sintoma relacionado à Covid-19 ou gripe. Nos primeiros sinais, deve se afastar imediatamente, contatar o médico (preferencialmente a telemedicina), informar o gestor e se submeter ao teste;
  • O afastamento foi reduzido para 10 dias conforme portaria e novas recomendações médicas, no entanto, o retorno só se dará caso o trabalhador esteja há 24 horas sem tomar medicação antitérmica e sem sintomas. Caso ainda esteja com sintomas, deve procurar o médico e o retorno dependerá de orientação médica neste sentido;
  • Desde o início do ano, foram emitidos dois novos comunicados com orientações aos funcionários e mais um deve sair nos próximos dias. O banco atendeu ao pedido do movimento sindical de reforçar a comunicação interna de orientação;
  • Quanto à sanitização, o banco informou que todas as equipes de limpeza têm sido reforçadas e que as limpezas são diárias em todos os locais. Informou também que é feita com produtos específicos para eliminar os vírus. No protocolo de higienização consta a limpeza de mesas, cadeiras, teclado, ATMs, portas, piso, banheiros e todos os objetos da agência;

A COE reforçou a necessidade de aumentar a regularidade das limpezas e, nos locais onde não estejam sendo feitas, os trabalhadores devem acionar seus sindicatos.

  • Atendendo ao pedido do movimento sindical, desde o início da pandemia o banco tem ressarcido os testes rápidos. Para ter o ressarcimento, os gestores devem informar ao banco todos os contatantes e suspeitos, que imediatamente deverão receber um QRcode para ser utilizado na farmácia mais próxima. Este procedimento consta na intranet e está disponível para todos os funcionários;
  • Está disponível o teste rápido para os funcionários lotados na Torre, no Radar e no GD em SP. O teste é realizado pelo Sírio Libanês, mediante agendamento.

Cobranças que permanecem

•             O banco disse que manterá o contingente de trabalhadores no presencial, baseado na necessidade do negócio e da produtividade.

A COE reiterou o pedido para que o Santander reveja este posicionamento, pois aglomerações aumentam o risco de transmissão e também a sensação de insegurança dos trabalhadores.

  • O banco informou que não há critérios definidos para fechamento de agências, que em cada local a situação é avaliada individualmente.

O movimento sindical apontou que isto é um grande problema, pois a falta de critério tem gerado dúvidas e dificulta a fiscalização e que, com mais de dois anos de pandemia, é urgente que o banco defina e divulgue os critérios.

  • O Santander tem seguido as novas medidas implementadas pelo Ministério da Saúde, que definem como contatantes as pessoas que estiveram a menos de 1 metro, por mais de 15 minutos e com o uso inadequado das máscaras de quem teve a doença confirmada. O banco informa que, em casos de dúvidas da metragem e do tempo, o trabalhador também deve ser afastado e submetido ao teste.

O movimento sindical deixou claro ao banco que discorda deste critério, pois há fragilidade e dificuldade de aferir quanto tempo os trabalhadores ficaram em contato uns com os outros.

Fonte; Contraf-CUT