Trabalhadores de centros administrativos e agências ficaram incomodados com o teor do comunicado, o que motivou o Sindicato a acionar o banco. Em resposta, o Santander contradisse a mensagem e garantiu que não haverá punição, advertência, demissão ou falta administrativa contra bancários que continuarem utilizando utensílios e embalagens de plástico. O banco também se comprometeu a promover outras campanhas positivas e de conscientização.
“Considerando o histórico do Santander, é difícil confiar, porque o banco havia garantido que não haveria punição contra bancários que não tiraram CPA, mas não só houve como ainda estão ocorrendo demissões para muitos bancários que ainda não entregaram a certificação, mesmo muito deles tentando várias vezes e conseguindo pontuação pouco abaixo do mínimo necessário. O banco pode ser mais flexível com estes trabalhadores, pois seu lucro é crescente graças a todos esses trabalhadores”, afirma Welington Prado, diretor do Sindicato e bancários do Santander.
“O Sindicato apoia a campanha de depslastificação, mas o problema é o método, porque essa campanha pressupõe conscientização e envolvimento das pessoas, mas tudo no Santander resulta em punição, cobrança e em um ambiente hostil”, complementa o dirigente.
Como exemplo ele cita a campanha Amigo de Valor, outro iniciativa do banco no sentido de ajudar a comunidade, mas que acabou se desvirtuando. “Em vários locais de trabalho virou meta, com penalizações para o coletivo para quem não ajudar com mais adesões. Os trabalhadores ficam indignados e quando participam é pela imposição, cobrança e retaliação”, critica.
“Vamos acompanhar a campanha de desplastificação, para fiscalizar se haverá punições, se será colocada em metas pessoais ou qualquer outra forma de pressão que possa prejudicar o bancário. Caso aconteça no seu local de trabalho, nos procure para que possamos intermediar a melhoria das boas ações”, orienta Welington.