Segundo a coordenadora de Pesquisas do Dieese, Patrícia Pelatieri, os trabalhadores que pensam em sacar antecipadamente o dinheiro de suas contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) devem tomar cuidado com “armadilhas” montadas pelo sistema financeiro para atrair novos clientes para seus produtos. Ela alerta que as pessoas correm o risco de entrar num círculo vicioso de dívidas.
“Alguns bancos, pensando na fatia de novos consumidores, oferecem uma nova faixa de empréstimo para antecipar esse dinheiro, porém cobrando juros altos. Esse dinheiro é certo (a operação não envolve riscos para os bancos), então nada justifica os juros (médios) de 4,5%”, alerta a economista.
Patrícia também chama atenção para as pessoas que querem sacar o dinheiro antecipado para pagarem dívidas. “Esse dinheiro que entraria para o trabalhador como uma renda alternativa, pode entrar no círculo vicioso de pagar dívidas e fazer novas dívidas”, afirma.
A previsão é que o dinheiro das contas inativas seja liberado entre março e julho.
Uma conta inativa do FGTS é aquela em que o trabalhar deixa de receber os depósitos da empresa em decorrência da extinção ou rescisão do contrato de trabalho.