A saúde vai além da ausência de doenças. Ela é um estado de equilíbrio, uma disposição energética que envolve tanto o corpo quanto a mente, funcionando como uma unidade. Nesse cenário, a saúde mental tem se tornado um tema urgente e necessário, especialmente em um contexto social onde o modo de vida contemporâneo se revela, muitas vezes, adoecedor. A pressão constante no trabalho, as desigualdades sociais e as condições de vida precárias contribuem para o agravamento desse quadro.

A preservação da saúde mental exige ações que não se restrinjam ao plano individual. Aspectos como moradia adequada, alimentação, acesso à arte, trabalho digno e justiça social são fundamentais para garantir o bem-estar psicológico das pessoas. Nesse sentido, a luta pelos direitos, tanto pessoais quanto coletivos, reflete também uma demonstração de saúde mental, pois o engajamento com a sociedade e a busca por um futuro melhor são, sem dúvida, formas de cuidado com a mente.

A saúde mental, portanto, é um processo coletivo, e a conquista de direitos e políticas públicas na área foi resultado da organização social. O Sistema Único de Saúde (SUS) é uma conquista que precisamos defender e fortalecer, sempre com a visão de uma saúde integral e acessível para todos.

Neste Janeiro Branco, é importante que a sociedade amplie a compreensão sobre saúde mental, indo além da ideia de que ela se resume ao acesso a terapias ou ao uso de medicamentos. A sanidade mental deve ser encarada de forma ampla, considerando as diversas dimensões da vida e a interconexão entre o bem-estar individual e coletivo. Cuidar de si é, também, cuidar do outro.

O setor bancário, reconhecido por suas condições de trabalho altamente estressantes, tem sido um exemplo de luta pela saúde mental. O ambiente de trabalho para a categoria bancária é apontado como um dos mais adoecedores, com níveis elevados de síndrome de burnout e transtornos relacionados ao estresse. No Brasil, em 2022, os afastamentos por transtornos mentais somaram 11,40% no total de benefícios concedidos pelo INSS, seja por acidente de trabalho ou doença comum. Mas quando se faz o recorte por categoria, percebe-se que bancários e bancárias foram responsáveis por 43,72% desses afastamentos.

Diante disso, a Secretaria de Saúde do Sindicato dos Bancários da Paraíba tem se fortalecido para dar suporte aos trabalhadores da categoria. Além de oferecer acolhimento e orientação, a secretaria emite o Comunicado de Acidente de Trabalho (CAT), atua em parceria com o Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (CEREST) e com a Superintendência do Trabalho.

O sindicato também tem se empenhado no combate ao assédio moral, com ações como o lançamento de uma cartilha informativa, palestras e a criação de um canal exclusivo de denúncias. Para os bancários afastados ou reintegrados, a Secretaria de Saúde realiza encontros com o apoio do departamento de Psicologia da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), com o objetivo de promover o acolhimento contínuo e a reintegração saudável ao ambiente de trabalho.

Para aqueles que buscam apoio, a Secretaria de Saúde do Sindicato dos Bancários da Paraíba está disponível através dos seguintes contatos: Washington, diretor de saúde, pelo telefone (83) 98738-6472, ou a psicóloga Miha, pelo número (83) 99954-5029.

 

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