Nessa semana, quando o acampamento da Vigília Lula Livre sofreu boicotes da PM e da Prefeitura de Curitiba, que impediram mais barracas no local e retiraram a segurança que protegia acampados e moradores, os petroleiros responderam com mais uma demonstração de gratidão e reconhecimento ao legado de Lula e estacionaram um ônibus-trailer na Praça Olga Benário, a 100 metros de onde Lula está isolado.
A intenção é mostrar ao judiciário brasileiro que o melhor presidente que este país já teve jamais ficará sozinho, independentemente de quanto tempo vão mantê-lo como preso político, explica o petroleiro e secretário de Nacional de Comunicação da CUT, Roni Barbosa, se referindo a decisão da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) que negou a liberdade de Lula esta semana em mais um sinal de que não está preocupado em garantir a legalidade democrática.
“O fato concreto é que não sairemos daqui sem o Lula. Podem tentar nos vencer pelo cansaço, mas não conseguirão”, garante o dirigente.
“Quem sabe da importância do que foi o governo Lula para as conquistas da classe trabalhadora não sai daqui sem aquele que tem as maiores e melhores condições de governar novamente este país e voltar a fazer o povo, em especial os mais pobres, andar de cabeça erguida.”
O diretor de comunicação da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Gerson Castellano, também ressalta o reconhecimento da categoria e explica que tomaram a decisão de estacionar um ônibus-trailer porque, além do descumprimento do acordo por parte da PM, que cortou a segurança e liberou o trânsito, a prefeitura de Curitiba tem criado problemas e tentado boicotar o apoio de milhares de pessoas que passam pelo o acampamento indignados com a prisão política de Lula.
“Trouxemos o ‘moto room’ para atender a todos e todas que aqui estiverem. Eles querem criar problemas e dificuldades. Nós criamos soluções. Decidimos estacionar aqui, de forma regular, um ônibus-trailler, com espaço para banheiro e descanso”, explica Castellano, ressaltando que o veículo está com a documentação em dia.
“Já que o nosso presidente está mantido como preso político, sem que apresentem sequer provas, vamos permanecer o tempo que for necessário. Para nós o mais importante é Lula livre.”
Petroleiros são gratos ao Lula
O secretário de Comunicação da CUT, Roni Barbosa, conta que os petroleiros reconhecem o que os governos Lula e Dilma fizeram pela Petrobras e, por isso, nesse momento em que o ex-presidente é atacado e injustiçado pelas elites políticas e econômicas do país, a solidariedade é a melhor forma de expressar a gratidão por tudo o que ele fez.
“Quando o Lula assumiu, a Petrobras era terra arrasada, sem investimentos, com vazamentos de petróleo para todo lado, até plataforma afundada e acidentes terríveis, a exemplo da P36, que deixou 11 mortos”, lembra Roni.
“Lula investiu na Petrobras e o retorno foi reconhecido com a descoberta do pré-sal e recordes de lucro, geração de emprego e produção”.
Os números mostram porque os petroleiros são gratos às gestões do PT: o lucro médio da Petrobras passou de R$ 8,1 bilhões ao ano no governo de FHC para R$ 25,6 bilhões ao ano nos governos de Lula e Dilma.
O valor da Petrobras passou de R$ 15 bilhões para R$ 184 bilhões entre 2002 e 2014. O número de postos de trabalho na cadeira produtiva saltou de 7 mil para 80 mil entre 2002 e 2012, e a Petrobras chegou a ocupar o segundo lugar na lista de empresas preferidas entre os jovens brasileiros de 17 a 26 anos, que sonhavam em trabalhar na estatal.
Com Lula e Dilma, a capacidade de geração de energia e gás cresceu 729%. A produção de petróleo aumentou em 73%, contra um crescimento mundial de 12%, assim como a produção de gás cresceu 61% contra 36% no mundo.
Os petroleiros têm muita gratidão pelo o que Lula fez pela Petrobras
A classe trabalhadora é grata ao Lula
Os três acampamentos montados na Vigília Lula Livre, nas proximidades da sede da PF, mostram que os trabalhadores e trabalhadoras do Brasil, assim como os petroleiros, são gratos às políticas públicas criadas nos governos do PT para promover o desenvolvimento social, com geração de emprego, distribuição de renda e uma série de programas, como Minha Casa, Minha Vida, ProUni e Pronaf, que melhoraram a vida dos brasileiros mais pobres e facilitaram o acesso às universidades.
Lá tem professores, médicos, advogados, engenheiros, agricultores familiares, camponeses, enfim, trabalhadores do campo e da cidade, todos gratos por terem sido beneficiados por algumas das políticas que Lula implementou.
Em Curitiba, segundo informações da organização, a Vigília Lula Livre está recebendo novos apoios a cada dia. Nesta quarta-feira (9), chegaram caravanas do Espírito Santo, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina, com mais de 200 pessoas.