ISONOMIA Ilustração Site

ISONOMIA Ilustração SiteNeste sábado, 16 de agosto, o Sindicato dos Bancários da Paraíba realiza o Encontro Regional de Isonomia, no auditório da Entidade, a partir das 9h. A realização do evento é uma deliberação do 30º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa (Conecef), ocorrido em São Paulo entre os dias 6 e 8 de junho, ocasião em que foi aprovada a pauta específica de reivindicações entregue à direção do banco na última segunda-feira (11).

Um dos objetivos é definir ações conjuntas rumo à conquista de uma só Caixa para todos os empregados. A luta, portanto, é para que todos os bancários que ingressaram no banco após 1998 tenham direito ao Adicional por Tempo de Serviço (ATS) e à licença-prêmio.

A retirada desses benefícios foi resultado dos ataques neoliberais do governo FHC, que visavam a privatização de instituições financeiras públicas. Nessa época na Caixa foram criados dois segmentos de trabalhadores com direitos diferenciados para quem entrou antes e após 1998.

A desigualdade teve início com a publicação de resoluções nos anos de 1995 e 1996 pelo então Conselho de Coordenação e Controle das Empresas Estatais (CCE), atual DEST ( Departamento de Coordenação e Governança das Empresas Estatais). No período a Caixa passou por um intenso e acelerado processo de desmonte como parte de um projeto que visava a sua privatização. Os administradores das empresas públicas federais foram orientados a limitar os gastos com custeio de pessoal. Foi com base nessa recomendação que, a partir dos novos concursos públicos, diversas conquistas históricas dos trabalhadores passaram a ser ignoradas.

Nesse período, por exemplo, o modelo de gestão na empresa foi ditado por medidas como a demissão de empregados pela RH 008, a implantação de três PADVs, a flexibilização da jornada e a quebra de direitos, o arrocho salarial e o reajuste zero, a segmentação e a terceirização de serviços, a mudança no Programa de Assistência Médica Supletiva (Pams), a migração para o REB e a pressão sobre os associados da Funcef, a discriminação aos aposentados e o ataque às entidades de representação dos empregados. O alicerce desse projeto de descaracterização da Caixa como banco público foi a tentativa frustrada de enfraquecer as organizações dos trabalhadores.

Para conquistar outros direitos, o movimento nacional dos empregados tem apostado na mobilização em todo o Brasil. Greves nacionais unificadas têm sido realizadas praticamente todos os anos por ocasião das datas-bases da categoria bancária, para que os trabalhadores da Caixa façam valer as suas reivindicações. Essas mobilizações redundaram em uma série de conquistas importantes que reestabeleceram diversos direitos.

O que falta para garantir isonomia na Caixa:
– Licença-prêmio.
– Adicional por Tempo de Serviço (ATS) ou anuênio.
– Tíquetes para os aposentados.

Para a diretora do SEEB-PB e empregada da Caixa, Natasha Brayner, é muito importante que todos os empregados da Instituição financeira vitimados por essa injustiça participem do evento. “O Sindicato segue a orientação nacional e aposta na mobilização. Por isso, chamamos os companheiros que sofrem essa discriminação criada no governo FHC para discutirmos as estratégias de luta e as ações conjuntas rumo à conquista de uma só Caixa para todos os empregados”, concluiu.