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Quem não conseguiu acompanhar o Webinário “Sequelas da Covid-19 sobre a saúde dos trabalhadores”, promovido pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), na semana passada, pode fazer a qualquer momento. Nesta semana, a Contraf-CUT disponibilizou os dois painéis do evento.
No primeiro painel, a doutora Clarissa Lin Yasuda, médica e professora assistente de Neurologia da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas (FCM/UNICAMP), abordou sequelas físicas e mentais da Covid-19.
Já no segundo, a doutora Maria Maeno, médica e pesquisadora em Saúde do Trabalhador, comentou a gestão dos bancos na pandemia e os impactos na saúde física e mental dos bancários.
A pesquisadora chamou atenção para um aspecto que vem tomando conta dos trabalhadores e, particularmente, dos bancários. “O esgarçamento do tecido social, que era à base de sentimento de solidariedade e coletividade. A narrativa de que as pessoas que dão duro e se esforçam serão reconhecidas é tão forte que mesmo pessoas que adoecem, se culpam por não terem sido resilientes o suficiente para superar o desafio.”
Para Maira Maeno, isso só deixa claro que ainda há muito trabalho pela frente. “É um desafio enorme dos sindicatos ampliar suas representatividades junto às suas bases, integrando-se aos movimentos sociais que atuam nos territórios onde os bancários moram e onde aqueles em trabalho remoto, agora trabalham também. Mais do que nunca, estamos disputando narrativas e alternativas de modos de vida entre o individualismo crescente e a opção por saídas coletivas, na categoria e na sociedade. Daí a necessidade de as ações sindicais serem conectadas fortemente com as dos movimentos sociais como um todo.”