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Houve tiroteio e um vigilante e uma cliente viraram reféns

Três homens armados de pistola assaltaram a agência do Bradesco, na avenida Abolição, no bairro Meireles, em Fortaleza, por volta das 15 horas de terça-feira (8). Segundo a Polícia, os assaltantes entraram no banco como clientes e, após alguns minutos, renderam os vigilantes. Durante a ação, um segurança e uma mulher foram feitos reféns. Houve troca de tiros.

A agência assaltada não possui porta giratória com detector de metais. Segundo o Sindicato dos Bancários do Ceará,a maioria das agências assaltadas no Estado não têm equipamentos de segurança, o que facilita a ação dos bandidos.

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O ataque foi rápido. Segundo um cliente do banco que pediu para não ser identificado, os homens renderam os vigilantes, tomaram as armas deles e pediram para todas as pessoas deitarem no chão. O objetivo dos criminosos, segundo um funcionário do banco que também não quis ser identificado, era um caixa destinado para pagamentos de empresas. Os homens levaram o dinheiro de dois dos quatro caixas.

"A sorte é que, na hora que eles chegaram, o caixa estava com pouco dinheiro", informa o funcionário. O roubo foi interrompido com a chegada de um carro-forte. Houve troca de tiros e os ladrões usaram um vigilante e uma cliente como escudos. Os reféns foram liberados em seguida. Testemunhas disseram que, no momento do assalto, havia cerca de 40 pessoas no banco.

"Eu vi um casal saindo da agência, mas achava que eram namorados. Quando eu percebi (o assalto), gritei. Aí o bandido jogou a moça no chão e fugiu numa moto", informa uma mulher, que preferiu não dizer o nome.

Os homens fugiram na contramão pela Abolição, abandonaram a moto na avenida Barão de Studart e roubaram o veículo de outro motoqueiro. A Polícia acredita que outros homens também estavam envolvidos no assalto, na facilitação da fuga.

O titular da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF), Romero Almeida, classificou o trio como inexperiente. "O que facilitou o roubo foi a ausência de porta giratória. Sem a porta eletrônica, os bancos ficam tão vulneráveis quanto um mercadinho", compara.

Segundo o delegado, a Polícia já tem suspeitos, mas aguarda a liberação das imagens pelo banco. "Esperamos também os funcionários (da agência) para dar outras informações", informa ele.

Somente este ano, foram 33 ações contra bancos e caixas eletrônicos no Ceará. Almeida sustenta que a Polícia tem conseguido inibir os assaltos.

Ele cita a última operação, ocorrida na quinta-feira passada, quando nove pessoas foram presas. A quadrilha participou de vários assaltos a banco no Estado e a próxima tentativa, aponta o delegado, era de realizar o sequestro do gerente de um banco da cidade de Itapipoca. As ações de prevenção, segundo ele, têm sido um destaque da Polícia do Ceará. "Nós realizamos a prisão de cerca de 51 pessoas".

Fonte: Contraf-CUT com O Povo (Fortaleza)