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Mais de 8 mil vigilantes decidiram paralisar para arrancar proposta decente

Contra a intransigência dos donos das empresas de segurança – que até agora não ofereceram uma proposta decente -, os vigilantes do Distrito Federal aprovaram greve por tempo indeterminado a partir desta sexta-feira (27). A decisão foi tomada por mais de 8 mil vigilantes que participaram da assembleia realizada na noite desta quinta-feira (26) na Praça do Cebolão, em frente ao edifício Sede I do Banco do Brasil, no Setor Bancário Sul.

Em virtude da greve dos vigilantes, os bancos não abrirão a partir desta sexta. O Sindicato dos Bancários de Brasília estará percorrendo todas as agências do DF para fiscalizar se os locais estarão funcionando. Pela lei federal 7.102/83, bancos não podem abrir sem a presença de vigilantes.

Por conta da greve dos vigilantes, o Sindicato dos Bancários funcionará em regime de plantão. A equipe da entidade prestará apoio ao movimento dos trabalhadores que fazem a segurança dos bancos. Durante a greve dos bancários, os vigilantes também deram suporte à paralisação da categoria bancária.

Presente na assembleia, a CUT-DF reforçou a importância da unidade como um dos pilares básicos que sustentarão as lutas e as conquistas dos trabalhadores. "Filiado à CUT, o Sindicato dos Bancários de Brasília também desenvolve, organiza e apoia todas as ações que visem à conquista de melhores condições de vida e trabalho para o conjunto da classe trabalhadora", afirma o presidente do Sindicato, Rodrigo Britto, que também é diretor da CUT-DF.

‘Irresponsáveis’

"Os grandes culpados pela greve são os donos das empresas de segurança, que não apresentaram uma proposta decente para os vigilantes. Mercenários, esses empresários são irresponsáveis, porque visam somente ao lucro em detrimento das condições de trabalho dos vigilantes e do bem-estar da população em geral. E como consequência dessa irresponsabilidade, será afetado o funcionamento de bancos, hospitais, escolas, ministérios, entre outros órgãos locais e federais", destaca Britto.

Antes da realização da assembleia, o Sindicato dos Vigilantes no DF enviou ofícios aos hospitais, postos de saúde, ministérios, bancos e demais órgãos alertando que, em virtude da intransigência dos patrões, iria recorrer à greve para defender as justas reivindicações da categoria.

Bancários apoiam vigilantes

Para o Sindicato dos Bancários de Brasília, que apoia as justas reivindicações dos vigilantes por melhores condições de trabalho e salários, os profissionais da área de segurança devem ser valorizados. Dada a periculosidade da profissão, esses trabalhadores merecem respeito e melhores salários.

"A greve dos vigilantes é justíssima, uma vez que os patrões se negaram a apresentar uma proposta a estes profissionais tão importantes para a segurança", observa Rodrigo Britto.

Insegurança

Levantamento nacional comprava o grau de periculosidade das agências bancárias. O estudo mostrou que 49 pessoas foram assassinadas em 2011 em decorrência de assaltos em agências bancárias. O número é 113,04% maior que o registrado no ano anterior (23 mortes). Os dados são da Contraf-CUT e da Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV), elaborados a partir de notícias publicadas na imprensa.

Fonte: Seeb Brasília

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