Em resposta à intransigência da direção do Banco da Amazônia que suspendeu a última mesa de negociação, ocorrida no dia 17; o Sindicato dos Bancários do Pará e Amapá foi à frente da instituição na manhã desta segunda-feira (20) mostrar para toda a categoria e para a população em geral que mais uma vez, as pessoas não são prioridades para a empresa.

Na última reunião, a instituição se restringiu a informar que seguirá o índice de reajuste salarial acordado com a Fenaban, que já remeteu um parecer à diretoria sobre as 150 cláusulas da minuta específica e que sua posição, neste momento, é tão somente acompanhar o índice definido nacionalmente. Sobre as demais cláusulas sociais, retomará as negociações a partir do posicionamento da diretoria sobre o referido parecer; o que ainda não tem data prevista para acontecer.

"Por três vezes sentamos com a direção do Banco da Amazônia em uma mesa de negociação. E nessas três vezes, nenhuma proposta sequer foi apresentada, e sem previsão para uma nova rodada de negociação. Enquanto isso, na ordem de prioridade da instituição, os bancários e bancários ficam em segundo lugar, e não é isso que queremos. Queremos um outro banco com as pessoas em primeiro lugar", reivindica o vice-presidente do Sindicato, da Fetec-CN e coordenador da comissão de empregados na mesa de negociação, Sérgio Trindade.

A ação do Sindicato desta segunda contou com o apoio de diversos setores do Banco que atrasaram o início de seu expediente em uma hora. A manifestação já pode ser considerada um preparativo para a greve da categoria caso haja rejeição da proposta global que será apresentada na próxima rodada de negociação da Federação Nacional de Bancos (Fenaban) com o Comando Nacional, nesta quarta-feira (22).

"Quarta-feira é o dia decisivo para a Fenaban apresentar uma proposta à categoria. Caso os bancários e bancárias não concordem em assembleia, a greve virá, e por tempo indeterminado, pois infelizmente é só dessa forma, fazendo doer o bolso dos banqueiros, que conquistamos melhores condições de trabalho e melhores salários", afirma o diretor financeiro do Sindicato e também empregado do Banco da Amazônia, Rômulo Weyl.

A Semana Nacional de Negociação e Mobilização no Pará e Amapá para pressionar os banqueiros a apresentarem propostas para a Segurança, Saúde, Emprego e Remuneração dos trabalhadores segue até a próxima sexta-feira.

"Hoje foi só o primeiro dia de mobilização dos trabalhadores e trabalhadoras em Belém. Amanhã é mais um dia de protesto em frente a um outro banco, e desde já queremos contar com a participação de toda a categoria. É na nossa força que está a maior forma de pressionarmos os banqueiros nas mesas de negociações e sairmos vitoriosos de mais uma Campanha Nacional", destaca Rosalina Amorim.

Fonte: Seeb PA/AP

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