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Maria Rita Serrano destacou importância do papel social da Caixa

O Sindicato dos Bancários do ABC promoveu nesta quinta-feira (5) o seminário “A Caixa que Queremos” na sede social da entidade, em Santo André (SP). O encontro reuniu mais de 100 empregados do banco na região e representantes de entidades sindicais e associativas, que apresentaram painéis sobre três temas: as negociações em curso, a importância da manutenção da Caixa 100% pública e os planos de aposentadoria administrados via Funcef.

A mesa de abertura foi composta pela diretora do Sindicato e representante dos empregados no Conselho de Administração (CA) da Caixa, Maria Rita Serrano; a coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE-Caixa) e diretora da Fenae, Fabiana Matheus; o presidente da Funcef, Carlos Caser; a diretora da Apcef-SP, Ivanilde Moreira Miranda, e a diretora da Fetec-SP, Jackeline Moreira.

Para abordar as negociações, Fabiana Matheus destacou os vários itens em pauta, lembrando que desde o final da Campanha Nacional 2014 nenhuma nova rodada ocorreu e um encontro está agendado para o próximo dia 19. Sipon, GT Saúde Caixa, REB, PSIC e incentivo à graduação foram assuntos focados na sua exposição, assim como condições e jornada de trabalho, plano de aposentadoria e promoção por mérito, entre outros.

Rita Serrano apresentou dados sobre o desempenho da Caixa tanto do ponto de vista social quanto financeiro, destacando os excelentes resultados nas duas frentes. “Nos anos 1990 o movimento sindical indicava que a Caixa deveria ser social, mas rentável. O banco incorporou essa ideia e usou a expertise de atuação na área social para ampliar o desempenho financeiro”, comparou.

A representante eleita no Conselho de Administração utilizou números do balanço 2014 e do próprio mercado, enfatizando que o terceiro maior banco do País injetou na economia nada menos do que o correspondente a 13,4% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro.

Além do investimento nos vários programas sociais, Rita Serrano também destacou que foi a Caixa o único banco a contratar no ano passado, enquanto os demais cortaram postos de trabalho.

Ao final, ela deixou em aberto duas questões: que tipo de Caixa ajuda mais no desenvolvimento do País e que papel os bancos deveriam cumprir para contribuir com o desenvolvimento do Brasil, já que são uma concessão pública.

“Embora a possibilidade de abertura de capital da Caixa não tenha sido confirmada nem negada pelo governo, essa é uma oportunidade não só para reforçarmos a importância de seu papel social como também para discutirmos o sistema financeiro brasileiro”, enfatizou Rita Serrano, lembrando as várias ações em curso na campanha pela Caixa 100% pública.

Ela apresentou ainda uma pesquisa realizada com os bancários no Grande ABC sobre o tema de abertura de capital da Caixa. De acordo com o estudo, 55% são contrários à iniciativa, 34% favoráveis e 11% não souberam responder. Especificamente entre os trabalhadores da Caixa na região, 97% se manifestaram contrários à abertura de capital do banco.

O último painel coube ao presidente da Funcef. Carlos Caser falou sobre os planos de benefícios do fundo de pensão, rendimento médio dos aposentados, a saúde financeira e investimentos da fundação. Após a explanação, o debate foi aberto ao público.

As apresentações feitas durante o encontro serão disponibilizadas para consulta no site do Sindicato (www.bancariosabc.org.br)

Fonte: Contraf-CUT com Seeb ABC

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