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A intensidade dos debates e a qualidade das informações, ideias e propostas trazidas ao Seminário Nacional "A Categoria Bancária Avança na Construção de Relações mais Igualitárias no Mundo do Trabalho", realizado pela Contraf-CUT e Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro, garantiram a superação das expectativas que os organizadores nutriam em relação à atividade. O evento foi encerrado nesta sexta-feira, no auditório do Sindicato.

Dieese

No segundo e último dia do seminário, o destaque coube à apresentação de um trabalho de Lilian Marques, assessora do Dieese, sobre a inclusão da igualdade de oportunidades. O material trata de 220 unidades de negociação coletiva em 18 estados brasileiros e revela que as trabalhadoras do setor rural obtiveram conquistas muito mais vantajosas que as do setor urbano em cláusulas que vão da gestação, maternidade e paternidade, passando por condições de trabalho, assédio moral e sexual, qualificação e jornada, dentre outras.

Gros

Representantes dos diversos grupos de mulheres, negros, homossexuais e deficientes apresentaram sugestões sobre assuntos a serem implementadas pela Contraf-CUT. As propostas vão desde o levantamento de estatísticas sobre a participação desses grupos, combate ao machismo no meio sindical, fornecimento de subsídios para o permanente debate das questões relativas à igualdade de oportunidades, até campanhas para a preservação da Lei Maria da Penha (11.340/06), criminalização da homofobia e busca de maior visibilidade para as dificuldades materiais dos deficientes e outros.

Avaliação

O diretor de organização da Contraf-CUT, Miguel Pereira, destacou a presença masculina no seminário como um sinal de que o movimento pela igualdade de oportunidades está avançando."Isto é fruto do trabalho que vem sendo realizado pelas entidades sindicais. O próximo passo é dinamizar essa trajetória dos grupos que até pouco tempo tinha um trabalho ainda restrito", disse.

A diretora de políticas sociais da Contraf-CUT, Deise Recoaro, a cuja alçada as atividades dos grupos se reportam, avaliou muito positivamente o evento.
"O seminário superou as expectativas. Nosso esforço foi colocar as pessoas para discutir e esperamos que os participantes saiam daqui diferentes. Saímos dos guetos e isto é inovador no movimento sindical", disse, ressaltando que no plano prático a tarefa da Confederação, agora, é definir prioridades.

"A categoria bancária vai ousar mais uma vez , como por exemplo, levar à Fenaban a questão da licença-paternidade". Deise reivindica o pioneirismo dos bancários e das bancárias na luta pela igualdade de oportunidades, mas "com a humildade de reconhecer" que outras categorias têm conquistas mais significativas como as mulheres do setor rural.

Fonte: Seeb Rio

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