O Senado aprovou nesta quarta-feira (15) o nome de Alexandre Tombini para a presidência do Banco Central (BC). Em votação no plenário, ele recebeu 37 votos a favor e 7 contra. Não houve abstenções.

Tombini assumirá em 3 de janeiro, junto com os demais ministros do governo da presidente eleita, Dilma Rousseff.

Ele substituirá Henrique Meirelles, que deixa a instituição no final deste mês após permanecer no cargo durante os oito anos de governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Atual diretor de Normas do BC, Tombini é funcionário de carreira da instituição e foi indicado por Dilma, mas, pelas regras, precisava ser confirmado pelos senadores. Ele atuou na formulação da política de metas de inflação.

A votação estava prevista para ontem, mas foi adiada por causa do atraso ocasionado pelos discursos de despedida dos senadores que não renovaram o mandato parlamentar.

Na semana passada, a CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) do Senado já havia aprovado o nome Tombini.

Na ocasião, ele foi sabatinado durante mais de três horas. O clima da sabatina foi amistoso, e Tombini recebeu elogios por ser funcionário de carreira do BC e ser considerado um técnico competente, que assumirá o cargo sem ter um "padrinho político".

Afirmando que as taxas elevadas de inflação têm efeito perverso, principalmente sobre os mais pobres, Tombini disse, durante a sabatina, que o "objetivo primordial é manter a inflação baixa".

Ele declarou que o "compromisso exigido" por Dilma para indicá-lo "é que o BC persiga de forma incansável e intransigente o objetivo de manter capacidade de compra do real". Ou seja, controle a inflação.

O indicado disse que, para isso, a presidente concedeu "autonomia plena". Uma das formas de controlar a inflação é manter os juros altos.

Fonte: Reuters e Agência Brasil

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