Ele substituirá Henrique Meirelles, que deixa a instituição no final deste mês após permanecer no cargo durante os oito anos de governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Atual diretor de Normas do BC, Tombini é funcionário de carreira da instituição e foi indicado por Dilma, mas, pelas regras, precisava ser confirmado pelos senadores. Ele atuou na formulação da política de metas de inflação.
A votação estava prevista para ontem, mas foi adiada por causa do atraso ocasionado pelos discursos de despedida dos senadores que não renovaram o mandato parlamentar.
Na semana passada, a CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) do Senado já havia aprovado o nome Tombini.
Na ocasião, ele foi sabatinado durante mais de três horas. O clima da sabatina foi amistoso, e Tombini recebeu elogios por ser funcionário de carreira do BC e ser considerado um técnico competente, que assumirá o cargo sem ter um "padrinho político".
Afirmando que as taxas elevadas de inflação têm efeito perverso, principalmente sobre os mais pobres, Tombini disse, durante a sabatina, que o "objetivo primordial é manter a inflação baixa".
Ele declarou que o "compromisso exigido" por Dilma para indicá-lo "é que o BC persiga de forma incansável e intransigente o objetivo de manter capacidade de compra do real". Ou seja, controle a inflação.
O indicado disse que, para isso, a presidente concedeu "autonomia plena". Uma das formas de controlar a inflação é manter os juros altos.
Fonte: Reuters e Agência Brasil