Em menos de três meses já ocorreram 14 ataques a bancos
A falta de segurança nos bancos da Paraíba tem sido uma situação corriqueira e alarmante. Só neste ano já foram 14 ocorrências, entre assaltos, explosões, arrombamentos e "saidinhas de banco".
Os bandidos sequestraram o gerente e feriram outro bancário do BB. Além disso, o bando deixou dezenas de pessoas apavoradas com a violência da ação.
De acordo com a polícia, pelo menos 15 criminosos participaram da ação. Eles estavam armados e usavam coletes à prova de bala. O grupo invadiu a agência e roubou malotes.
Dois policiais militares que estavam de plantão reagiram no momento do assalto e atiraram contra o grupo. Um funcionário do Banco do Brasil foi ferido na perna e encaminhado para o hospital da cidade.
A funcionária do Bradesco foi verbalmente agredida, utilizada como escudo humano durante toda a ação, sendo humilhada e ameaçada de morte a todo instante.
O Sindicato alerta que os traumas psicológicos são os piores. Além de toda a pressão e o medo sofridos naquele momento, há também o chamado estresse pós-traumático, em que a pessoa pode demorar semanas e até meses para manifestar algum tipo de problema emocional.
Pouco mais de uma hora após o crime, o gerente que havia sido sequestrado foi liberado em uma estrada do município.
Conforme a Central de Operações da Polícia Militar (Copom), pelo menos dois suspeitos de envolvimento no caso foram presos em um carro em outro ponto na cidade. Eles estariam com grampos que seriam colocados na pista para impedir a perseguição.
Policiais militares de Campina Grande, Aroeiras e municípios vizinhos trabalham nas buscas.
A diretoria do Sindicato, que acompanhou todo o processo de apuração dos fatos e assistência aos bancários vitimados pela agressão dos bandidos, constatou que os procedimentos de praxe após esse tipo de ocorrência foram realizados, como atendimento médico, acompanhamento psicológico e exigência da emissão de CAT.
Na quarta-feira (21) a agência do Banco do Brasil e o PAE Bradesco de Aroeiras não foram abertos ao público. A orientação foi que os clientes busquem atendimento nas agências das cidades vizinhas, ou seja, Umbuzeiro e Queimadas.
Sobre a quantia levada pelo grupo armado, a assessoria do banco disse que ainda não tem o valor aproximado, embora saibamos que o mais importante foi a traquilidade retirada de trabalhadores bancários, que provavelmente nunca mais esquecerão essa ação tão brutal.
Fonte: Seeb Campina Grande