greve-bancarios

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Setor que mais lucra no Brasil quer impor perdas aos bancários; resposta é paralisação nacional que cresce e cobra proposta digna em nova rodada de negociação a ser realizada na tarde desta terça – O fim de semana acabou, mas o ânimo dos bancários, não! A categoria chega nesta segunda-feira 12 ao sétimo dia de greve nacional, cobrando dos bancos proposta digna de ser apreciada. A Fenaban, que volta a se reunir com o Comando Nacional dos Bancários a partir das 14h desta terça-feira já sabe: para acabar com a greve tem de mudar de fato a proposta.

Nas duas apresentadas até agora, os bancos – setor que mais lucra no Brasil – tentaram impor perdas aos trabalhadores. A primeira proposta, apresentada nos dias 29 e 30, foi de 6,5% de reajuste mais R$ 3 mil de abono – perda de 2,8% para a inflação que até então estava projetada em 9,57%. Rejeitada em assembleia por unanimidade por cerca de 1,5 mil bancários, levou à greve com início no dia 6. A segunda veio na sexta-feira 9: índice de 7% mais abono de R$ 3.300 – perda de 2,39% para uma inflação agora já fixada em 9,62% (INPC).

A proposta foi rejeitada pelo Comando na mesa de negociação, já que essa política de reajuste rebaixado levaria a categoria bancária à mesma situação vivida nos anos 1990, de grandes perdas para os trabalhadores. O pagamento de uma parcela de abono não se reflete em férias, 13º, FGTS, VA, VR, auxílios, previdência. Além disso, pelo proposto, as regras para a PLR continuariam as mesmas de 2015 e o vale-cultura seria extinto a partir de dezembro. A Fenaban também não trouxe resposta para reivindicações fundamentais para os bancários, como a proteção aos empregos, mais contratações, melhores condições de trabalho, mais saúde, segurança, fim da desigualdade entre homens e mulheres, auxílio-creche maior, vale-refeição durante a licença-maternidade.

Fonte: Cláudia Motta, spbancarios