
A visita foi no departamento de cartões, que fica no prédio cinza, e foi delegada pelo procurador Luiz Carlos Fabre. Segundo o diretor do Sindicato Alexandre Bertazzo, foi constatado que funcionários terceirizados executam trabalho bancário e respondem ao mesmo supervisor que trabalhadores da categoria.
A fiscalização do MPT foi feita para entender a dinâmica do trabalho dos terceirizados. "O objetivo é mostrar que as instituições financeiras contratam essas empresas para diminuir custos, impondo atividades de bancários para trabalhadores em condições inferiores em relação aos direitos e conquistas da categoria. Toda a rotina foi registrada nessa visita, cada tela usada do sistema do banco", conta o dirigente.
Proteção aos terceirizados
Representantes do Sindicato acompanharão os desdobramentos do processo de fiscalização do MPT no Bradesco. "A luta continua a mesma: que esses terceirizados sejam enquadrados na categoria bancária. Eles possuem experiência na área, não podem ser desprezados ganhando salários menores que o piso da categoria. Não podem ser impedidos de aproveitar as conquistas, ter sua fatia na PLR do banco dentro das regras conquistadas nas campanhas dos bancários, e terão toda a proteção do Sindicato para resguardar seus direitos", ressalta a dirigente do Sindicato, Sandra Regina.
Represálias
A dirigente sindical alerta que os funcionários do departamento de cartões que sofrerem qualquer tipo de represália por conta da visita do Ministério Público do Trabalho devem procurar a Regional Osasco pessoalmente ou por telefone. "O Bradesco deve respeitar a ação do MPT, e vamos acompanhar qual será o comportamento da gestão da instituição financeira daqui em diante", alerta Sandra.
A Regional Osasco fica na Rua Presidente Castelo Branco, 150, Centro. O telefone é 3682-3060 e o horário de funcionamento das 8h às 18h.
Fonte: Contraf-CUT com Seeb São Paulo