A arma Taser lança dardos ligados a fios na direção do agressor. Ela combina uma alta voltagem de 50 mil volts com uma baixa amperagem, o que evita problemas físicos à pessoa atingida por ela. As pernas bambeiam. Os músculos ficam paralisados e é difícil manter-se de pé.
A sensação é de um apagão momentâneo, de perda dos sentidos por alguns instantes. A visão fica turva. Em segundos o corpo vai ao chão. A comunicação entre o cérebro e o corpo é interrompida e, por isso, perde-se o controle. Alguns dizem que é como ter uma câimbra repentina pelo corpo inteiro.
O coronel da reserva da Polícia Militar, Antonio Carlos Biagioni, instrutor da arma na empresa de segurança Gocil lembra que a Taser é uma arma utilizada para conter casos de "ações agressivas". Pessoas bêbadas, drogadas ou em surto, por exemplo, podem ser contidas com o choque da Taser. Mas ele lembra que a arma de choques não é um obstáculo para evitar um assalto.
– Ela pode ser usada em casos em que seja possível imobilizar o agressor. Quando o agressor está com uma arma de fogo, não é recomendável usá-la – afirma o coronel.
Os seguranças de shopping são proibidos de utilizar armas de fogo para não colocar em risco a vida dos clientes em caso de assalto.
– Os shoppings usam câmeras e alguns detectores de metal para prevenir roubos. E uma vez que os bandidos armados entraram, a melhor estratégia é deixá-los ir embora – diz o coronel.
Para usar a Taser, os seguranças que atuam em shoppings vão receber treinamento, onde serão instruídos a utilizar a Taser apenas em casos onde estejam em superioridade em relação ao agressor.
– É necessário bom-senso e capacidade de análise para utilizar a arma. Contra uma arma de fogo, por exemplo, nunca deve ser usada. Muitas vezes é preferível perder a ação do que executar uma ação errada – diz ele.
Fonte: Extra on line (Rio de Janeiro)