A diretoria do Sindicato dos Bancários da Paraíba recebeu a diretora de Recursos Humanos e Relações Sindicais do Santander, Fabiana Ribeiro, na última terça-feira (23) para tratar sobre diversas demandas de bancários do banco espanhol, ao tempo que cobrou solução para as denúncias anônimas sobre assédio moral recebidas através de e-mails. Na reunião, que contou com a participação de dirigentes do Seeb – Campina Grande e Região, a pauta também contemplou o alto índice de reintegrações, discriminação aos reintegrados, estrutura precária em diversas unidades, a falta de respeito do Superintendente e a instalação de caixas em locais de difícil acesso para clientes e funcionários, entre outros.
A principal questão que ensejou a convocação desta reunião foram as denúncias de assédio moral atribuídas ao Superintendente do banco na Capital. “O Sindicato tem recebido várias denúncias e já tentou conversar diversas vezes com o gestor, que se negou a dialogar. É inadmissível que um administrador tenha uma postura que prejudica a convivência e o desempenho dos profissionais bancários”, disse o presidente Marcelo Alves, que prontamente apresentou as denúncias enviadas ao Sindicato, de forma anônima, através de diversos e-mails. “Nessas denúncias apresentamos graves queixas sobre a conduta do Superintendente, que já possui um histórico de conflitos não só com os funcionários, mas também com a diretoria do Sindicato, que diversas vezes foi alvo de práticas desrespeitosas do mesmo. As denúncias relatam que o Superintendente não respeita nem mesmo os próprios funcionários”, alertou a diretoria do Seeb-PB.
Na reunião, também foi denunciada a falta de estrutura em algumas agências e outras que estão realocando os caixas para o primeiro andar, como é o caso das Agências Varadouro e Cruz das Armas, dificultando o acesso aos caixas, inclusive por clientes com limitações físicas. Outra grave denúncia trata dos reintegrados, que não têm mais senhas e se queixam de estarem invisíveis e impossibilitados de ascender profissionalmente. Sobre esses casos, a direção do banco prontamente explicou que será feito um mapeamento para identificar os motivos da ocorrência desses registros.
Assédio Moral
A diretoria do Sindicato apresentou documentos contendo reclamações sobre cobranças exageradas e desrespeito por parte da Superintendência, inclusive com e-mails relatando casos de assédio a funcionários, e exigiu respeito à Entidade representativa da categoria, cuja relação com o Banco deve ser respeitosa e estritamente institucional, bem como que os bancários sejam respeitados em seus respectivos locais de trabalho.
Trabalho aos finais de semana
Os sindicalistas repudiaram a forma como o Santander, utilizando-se do artifício de promover educação financeira, forçou a abertura de agências nos finais de semana, cujo projeto foi implantado de forma unilateral, sem dialogar com os Sindicatos. E ressaltaram que a fragilidade de um bancário da rede privada é ainda maior, pois quando é cobrado a fazer hora extra, sabe que seu emprego está em risco. Foi contra essa demanda desrespeitosa, que atentou contra a Convenção Coletiva de Trabalho da categoria, que a Entidade sindical fez protestos na abertura de agências do Santander aos sábados, inclusive sendo impedida pela Justiça de exercer o seu legítimo direito de defender a categoria.
Após ouvir os relatos e debater com os dirigentes sindicais todos os pontos levantados durante a reunião, a diretora de Recursos Humanos e Relações Sindicais do Santander se comprometeu em averiguar as denúncias e tomar as medidas possíveis para corrigir os problemas denunciados. Adiantou que vai conversar com o Superintendente sobre as denúncias de assédio moral e o relacionamento com as entidades sindicais para tomar uma decisão sobre os fatos. Quanto às questões estruturais, ela informou que cabe à pasta de engenharia solucionar os casos elencados, uma vez que é o setor competente para atender esse tipo de demandas.
A diretoria do Sindicato dos Bancários aguarda as medidas pertinentes para os casos levantados e denunciados, mas deixou bem claro para a diretora Fabiana Ribeiro que vai acompanhar o desdobramento da apuração dos fatos e as soluções adotadas pelo Banco. E que não abre mão do respeito à Entidade de Classe e à categoria profissional.
Fonte: Seeb – PB