Atualmente, o BB trabalha muito mais focado no mercado e tem deixado de lado seu compromisso com o desenvolvimento do país. “O Banco do Brasil ainda está distante de ser de fato um banco público. Os balanços dos últimos anos mostram que o BB tem dado tanto crédito quanto os bancos privados, cobra taxas de juros entre as mais altas do sistema financeiro nacional e cobre com sobra toda a folha de pagamento só com o que arrecada com tarifas e taxas dos clientes”, diz.
Para Marcolino, o BB, enquanto empresa pública, deveria ter como foco emprestar dinheiro a agricultores, a exportadores, a pequenas e médias empresas, a operações de Pronaf. Deveria estar alinhado com o crescimento econômico e a geração de emprego e renda. “Mas, ao contrário, o banco insiste em ter como principal linha de atuação a venda de produtos e serviços bancários de empresas coligadas e se distancia de sua missão”, comenta.
O presidente do Sindicato destaca que os bancários continuarão lutando para que o BB mude de perfil. “Com a troca no comando do banco, esperamos que o novo presidente, Aldemir Bendine, tenha sensibilidade para mudar o foco do BB, que deve estar voltado para o desenvolvimento econômico e social. O presidente Lula tem sido claro que os spreads e juros bancários não podem continuar com estão. O Sindicato vai continuar cobrando”, destaca Marcolino.
Situação dos funcionários – O Sindicato também vai cobrar do BB o cumprimento do compromisso assumido pelo ex-presidente do banco, Lima Neto, em manter aberto o canal de diálogo com os representantes dos trabalhadores e a transparência no processo de fusão com a Nossa Caixa. Um dia antes da troca no comando do BB, os bancários e a empresa instalaram três mesas temáticas para debater as reivindicações dos funcionários.
“Os debates com o banco já começaram e a campanha salarial está bem próxima. Esperamos que o novo presidente do BB mantenha as mesas de negociações já instaladas e atenda nossas reivindicações, que já estão em pauta há muito tempo. O maior patrimônio do Banco do Brasil são os bancários e o novo presidente precisa dar atenção para nossas demandas”, finaliza Luiz Cláudio Marcolino.
Fonte: SEEB – SP / Fábio Jammal Makhoul