Entidade lembra que bancos podem e devem implementar programas de prevenção às doenças ocupacionais –  (São Paulo) O Dia Mundial da Saúde, 7 de abril, é infelizmente lembrado pelos fatos ruins e problemas enfrentados pela população. Na categoria bancária, não são poucos: irresponsabilidade das empresas, dificuldades em reconhecer os acidentes do trabalho, falta de emissão da Comunicação de Acidente no Trabalho (CAT), aumento dos casos de LER/Dort, doenças mentais, e mais que isso, a falta de prevenção de tantos problemas que poderiam ser evitados ou minimizados

Na última semana, nos dias 1 e 2 de abril, sindicalistas e profissionais reuniram-se em seminário nacional de Saúde Trabalho e Meio Ambiente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) para discutir as linhas de atuação da nova secretaria nacional de Saúde, que integrará a estrutura da central a partir da próxima gestão. O secretário de Saúde do Sindicato, Walcir Previtalle, participou do encontro.

Um dos assuntos mais debatidos foi a falta de prevenção de doenças ocupacionais e acidentes de trabalho e a promoção da saúde para melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores. O médico sanitarista Marco Perez, que abordou as tendências políticas em saúde do trabalhador no Brasil, comparou a situação do país em relação às vítimas de acidentes do trabalho ao problema do trabalho infantil e da mão-de-obra escrava. Para ele, muito já foi feito para eliminar o que chamou de chagas sociais, mas ainda é preciso mais para minimizar esses problemas.

Antiga exigência – A criação de programas para evitar que os bancários adoeçam devido às condições precárias de trabalho, pressão por metas, assédio moral entre outros problemas, já é reivindicação antiga. “Muitos funcionários entram no banco achando que nunca terão uma tendinite. A orientação é que esses novos bancários pensem mais em sua saúde, cuidem dos problemas assim que eles aparecerem, respeitem os trabalhadores afastados e procurem o Sindicato sempre que precisarem esclarecer dúvidas”, diz Walcir. “As instituições se negam a tomar medidas para promover qualidade de vida e saúde aos seus funcionários, mas o Sindicato mantém a defesa da categoria, cultivando espaços para debate e reivindicando o que os bancos podem e devem fazer”, completa.
 
Fonte: SEEB – SP / Gisele Coutinho