Verdadeira intenção do banco é expandir correspondentes bancários aumentando precarização dos direitos da categoria – (São Paulo) A declaração do presidente Aldemir Bendine sobre a estratégia do Banco do Brasil de aumentar o número de correspondentes bancários, por meio das chamadas “agências complementares”, repercutiu mal entre os bancários. O Sindicato critica a medida por entender que o objetivo do banco é precarizar direitos dos trabalhadores. “Queremos deixar bem claro que somos a favor da abertura de agências com o número de funcionários adequado e contra a expansão dos correspondentes bancários sem controle, que é uma forma de economizar com direitos dos trabalhadores”, afirma o funcionário do BB e diretor do Sindicato Ernesto Izumi.

O dirigente sindical contesta a versão do banco, de que o objetivo é aumentar a bancarização da população de baixa renda. “A realidade se mostra diferente. Hoje o que vemos são os bancos, e isso inclui o Banco do Brasil, com correspondentes em locais ao lado de agências bancárias. Nossa avaliação é que o BB pretende tirar das agências a população de baixa renda. Essa medida ameaça a imagem de banco público”, completa Ernesto.

A secretária-geral do Sindicato, Raquel Kacelnikas, lembra ainda que a entidade vem combatendo a expansão do correspondente em outras frentes e tentando impedir a regulamentação dessa forma de atendimento pelo Banco Central, como foi divulgado recentemente na grande imprensa. “Inclusive já enviamos um documento ao BC cobrando explicação e ressaltando a ilegalidade da medida proposta pelos banqueiros”, ressalta Raquel.

Fonte: SEEB – SP / Carlos Fernandes