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Crédito: Seeb São Paulo

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Outra denúncia de prática antissindical será apresentada pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo contra o Santander, no Ponto de Contato Nacional (PCN) da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

A OCDE é uma organização internacional com 31 países membros, todos de alta renda e altos Índices de Desenvolvimento Humano e que afirmam a economia de livre mercado. Apesar de o Brasil não ser um dos integrantes, o PCN, localizado em Brasília, recebe denúncias contra empresas multinacionais que atuam no país.

Os bancários denunciaram ao Sindicato que o banco mudou alguns setores da Aymoré Financiamentos, que estava localizada na Rua 15 de Novembro, centro de São Paulo, para a região de Santo Amaro. De acordo com os trabalhadores, em reuniões com gestores foi informado que a mudança é provisória e que esses bancários voltarão para o centro quando for encerrada a Campanha Nacional Unificada 2010.

Para o Sindicato, o banco busca somente impedir a participação dos bancários nas mobilizações da campanha. "Mais uma vez o Santander incorre no crime de prática antissindical ao tentar evitar a participação dos bancários em uma eventual greve", diz Rita Berlofa, diretora executiva do Sindicato e funcionária do banco, lembrando que no dia último 12 de agosto o Sindicato já apresentou denúncia ao PCN, contra o banco, por perseguição a dirigentes sindicais.

"Em vez de ter esse tipo de prática, o banco deveria respeitar a mesa de negociação e apresentar propostas que atendam as reivindicações dos trabalhadores. E o Santander tem uma responsabilidade maior, já que o presidente do banco, Fabio Barbosa, também é presidente da Fenaban", destaca Rita.

Carta enviada pelo Sindicato ao presidente do Santander, Fábio Barbosa, informa que a situação "configura grave interferência na livre organização dos trabalhadores, pois a Constituição do Brasil, bem como os tratados internacionais do qual o Santander é signatário, como as convenções da OIT, definem claramente o direito à liberdade sindical, sem interferência patronal".

> Leia a íntegra da carta

A dirigente do Sindicato lembra, ainda, as condições de trabalho indevidas do local para onde os trabalhadores estão sendo transferidos. "O Santander está agindo no Brasil de uma maneira que não age no em outros países do mundo onde atua. Isso é inaceitável e vamos continuar denunciando todas as formas de abuso contra os direitos dos trabalhadores", completa Rita.

Fonte: Cláudia Motta – Seeb São Paulo

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