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O Sindicato dos Bancários do Ceará (SEEB/CE) fez uma manifestação de repúdio, nesta sexta-feira, dia 8, na agência Itaú Unibanco da Rua Major Facundo, um dos principais corredores bancários do Centro de Fortaleza. O protesto foi contra as demissões feitas pelo banco, que nos últimos 15 dias desligou de seus quadros nove funcionários no Ceará. O Sindicato condena a postura do banco e pretende barrar as demissões programadas.

Segundo o diretor do Sindicato e funcionário do Itaú, Ribamar Pacheco, as demissões não são coerentes com o lucro de R$ 13,5 bilhões atingido em 2010 pelo Itaú, considerado o maior banco privado da América Latina. "O banco está virando as costas para aqueles que são os responsáveis diretos por esse lucro astronômico", afirmou o dirigente sindical, que classificou essa política da direção como resultado de uma "parceria da ganância", fazendo alusão à fusão entre Itaú e Unibanco.

"É lamentável que mais uma vez o Sindicato esteja aqui denunciando essa política desumana e demagógica que o banco vem praticando", disse Alex Citó, também diretor do Sindicato e funcionário do Itaú, que ainda desmentiu a medição de forças entre funcionários do Itaú e dos advindos do Unibanco – estes últimos foram, até agora, os mais afetados pelas demissões. "Aos olhos dos banqueiros, somos todos trabalhadores", afirmou.

Os representantes do Sindicato alertaram ainda para a necessidade de mais contratações. "Essas demissões não têm sentido de existir. São necessárias mais contratações para dar conta da excelência de atendimento que o banco tanto prega em falsas campanhas publicitárias", disse Ribamar Pacheco, garantindo que atendimento de qualidade, juntamente com segurança bancária, é tema de luta permanente do Sindicato.

Entre os demitidos, estão funcionários com mais de 15 anos de empresa e outros recentemente premiados por seus resultados. Segundo os representantes do Sindicato, ao não efetuar mais contratações e demitir funcionários, o banco sobrecarrega os bancários que ficam.

"Os nossos companheiros sofrem assédio moral, obrigados a cumprir metas abusivas sob pena de ir para o olho da rua", disse Ribamar. "Temos colegas sofrendo depressão e síndrome do pânico. É preciso um tratamento mais digno e humano", reforçou Alex Citó.

O Sindicato, em parceria com a Contraf-CUT, agendou uma negociação com a direção do Itaú na quinta-feira, 14, em São Paulo. Entre outros assuntos, será cobrada uma posição do banco quanto às demissões. Representando a Fetec/NE, estará presente o diretor do SEEB/CE, Ribamar Pacheco.

O Sindicato dos Bancários comunica, de antemão, que todas as medidas estão sendo tomadas para barrar as demissões e, caso o banco insista em manter a situação, trabalhará para que haja paralisação das agências.

Fonte: Seeb CE