Sindicato dos Bancários do Ceará denuncia assédio moral no BB Heráclito Graça

Dirigentes sindicais, de uma maneira lúdica, realizam protesto contra assédio moral

Dirigentes sindicais, de uma maneira lúdica, realizam protesto contra assédio moral

A agência do Banco do Brasil da Av. Heráclito Graça, em Fortaleza, foi avaliada pelos funcionários como a verdadeira porta do inferno. Assédio moral, com funcionário sem querer entrar na agência, outros saindo da agência chorando e ameaças de descomissionamento para quem não cumprir metas, são as principais reclamações que denunciam esse caos. Em ato de repúdio, o Sindicato dos Bancários do Ceará realizou na manhã desta quinta-feira (27), uma representação lúdica colocando a porta do inferno na entrada da unidade para exigir um “basta” a essa situação e dizer “não” ao assédio que a categoria vem sofrendo ali.

O ato teve o apoio da maioria absoluta dos funcionários que cobram condições dignas de trabalho. A agência é a pior colocada no programa de metas e resultados do BB (Sinergia). De acordo com o diretor do Sindicato, José Eduardo Marinho, “a entidade realizou diversas reuniões na agência com o objetivo de solucionar o problema. Entretanto, como as conversas parecem não ter surtido efeito, resolvemos denunciar à sociedade o caos que a categoria vem enfrentando no local. Dentro da agência, ninguém confia em ninguém”, disse.

“O atrito tem gerado adoecimento, denúncias, um péssimo clima, e nós buscamos uma solução pela via da negociação com a direção do BB, mas até agora, nada. O Sindicato quer hoje manifestar publicamente o que estes funcionários estão vivendo. Queremos mostrar com isso que esperamos que o BB se manifeste e busque a solução do conflito. Se isso não acontecer, daremos sequência a uma série de ações: retardamento do horário de atendimento, paralisações, levar à direção nacional da empresa e, em último caso, até mesmo acionar a justiça para defender os trabalhadores”, avisa o presidente do Sindicato, que também é funcionário do BB, Carlos Eduardo Bezerra, que completa: “as conquistas não devem ser apenas durante a campanha salarial, com a greve, elas devem acontecer todos os dias, quando conseguimos superar uma dificuldade”.

A diretora do Sindicato e funcionária do BB, Jannayna Lima, enfatizou que não foi o Banco do Brasil que escolheu seus funcionários, foram eles que escolheram trabalhar nesse banco, e cobrou ética e responsabilidade da direção da empresa. “Isso não é uma gestão ética. Isso é desumanidade. Às vezes, o cliente não entende porque chega aqui e o funcionário não lhe atende com um sorriso no rosto, mas é porque passou dessa porta, ele está num verdadeiro inferno. Queremos deixar claro para o banco que nós do Sindicato estamos tomando todas as dores do funcionalismo e que não vamos deixar barato”.

O diretor do Sindicato e funcionário do Itaú, Alex Citó, se solidarizou e parabenizou o funcionalismo do banco por ter a coragem de denunciar a situação. “Venho do segmento de privados e assédio é o que mais encontramos. Funcionários como nós, que se tornam gestores, que têm carinha de anjo, mas transformam a agência num verdadeiro inferno. Se o BB tem conhecimento do que ocorre aqui, tem que tomar providências, para proporcionar aos seus funcionários um local de trabalho saudável. É inadmissível que em 2016 ainda existam pessoas que acreditam que assediando os companheiros vão ter destaque. A categoria bancária não aguenta mais assédio moral e não temos medo da luta”.

Durante o ato, o BB local na pessoa do gerente geral de Gestão de Pessoas no Ceará, Valdemar Neves, assegurou a implantação de um plano e ação para atender as reivindicações de todos os funcionários daquela dependência. O Sindicato continuará acompanhando os desdobramentos para que a tentativa administrativa dê um basta na sensação de intranquilidade que cerca o clima da agência.

 Fonte: Seeb Ceará

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