Na noite desta quinta-feira (15), o Sindicato dos Bancários da Paraíba fez o lançamento da Cartilha Enfrentamento ao Assédio Moral e Sexual no Trabalho Bancário e Demais Categorias, no auditório da entidade, com palestra de Poliana Aristóteles, Juíza do Trabalho Substituta do Tribunal Regional do Trabalho da 13ª Região, secretária-geral da Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho da Paraíba (AMATRA 13) e professora da Escola Superior da Magistratura Trabalhista da Paraíba.

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O evento, coordenado pelo secretário de saúde do Sindicato, Washington Luiz, em conjunto com o presidente Lindonjhonson Almeida, contou com a participação de: Ney Alexandre (Auditor Fiscal do Trabalho do Ministério Público), Tatiana Torres (professora de Psicologia do Trabalho da UFPB) Tião Lima (presidente da CUT Paraíba) e o apoio de Miha Maia, estagiária do Curso de Psicologia da UFPB que presta estágio curricular no sindicato.

Washington falou sobre a parceria com o Departamento de Psicologia da UFPB e os objetivos da elaboração da cartilha: “Hoje estamos lançando a segunda cartilha fruto da nossa parceria com a UFPB, onde temos recebido o apoio de professores, alunos e estagiários de Psicologia na produção de material de ajuda às vítimas do assédio moral e sexual”. Lindonjhonson falou da participação no Comando Nacional durante as negociações da campanha dos bancários com a representação dos bancos e ressaltou que a categoria bancária inseriu na convenção de trabalho uma cláusula para tratar das questões do assédio. “Agora, temos um instrumento legal para acolher nossos representados, orientar e dar apoio no combate ao crime de assédio moral e sexual que está crescendo no sistema financeiro”, arrematou.

Durante sua palestra, a Juíza Poliana parabenizou a diretoria do Sindicato pela iniciativa de elaborar a cartilha que vai ajudar e muito, não só os trabalhadores bancários, como toda a classe trabalhadora sobre esse crime terrível que é a prática do assédio moral e sexual. “O que fazer quando um bancário ou uma bancária precisar de ajuda para se livrar do assédio cometido no seu ambiente de trabalho, seja moral ou sexual? Esta cartilha que o sindicato está lançando já é uma fonte poderosa de ajuda a quem sofre esses abusos. Para compreendermos cada vez mais o que são e como ocorrem essas práticas criminosas precisamos conhecer muito bem a Convenção nº 190, da OIT, que diz tudo sobre o assunto, pois o assédio é muito abrangente e não traz prejuízos só para o/a assediado/a, mas atinge também a família e todas as pessoas que convivem com a vítima. Aproveito o momento para ressaltar a violência contra a mulher, que começa com o assédio e culmina com o feminicídio que tem aumentado e muito. E também chamo a atenção para o “Setembro Amarelo”, campanha que trata da prevenção ao suicídio, ressaltando aqui a elevada incidência de doenças mentais que tem atingido a categoria bancária. Agradeço o convite, parabenizo o sindicato pela iniciativa de lançar a cartilha, louvo a parceria da entidade com a Universidade e me coloco à inteira disposição para lhes ajudar nessa difícil missão”, concluiu.