(Teresina) Nesta terça-feira, 17 de março, quando o Sindicato dos bancários do Piauí comemora 55 anos de existência, o presidente da entidade, José Ulisses de Oliveira, faz um breve balanço da gestão "Sindicato é Participação e Luta" em pouco mais de um ano e sete meses de administração. Nesse período de valorização das lutas e conquistas dos bancários, ele relembra os momentos em que a categoria defendeu melhores salários, levantou a bandeira de luta e continua uma intensa e constante mobilização para que a categoria possa se orgulhar de uma entidade que fez e ainda faz muito por seus associados e a sociedade piauiense. Confira a entrevista:

Informativo Bancário – Como o senhor avalia o primeiro ano de mandato da sua gestão à frente do Seebf/PI?
José Ulisses – Nesse tempo, avaliamos que foi um ano de muita luta e trabalho, mas gratificante para toda diretoria do Sindicato que tem se empenhado em resolver os problemas da categoria e da sociedade. Tivemos muitos avanços, pois depois que assumimos esse já é o segundo Acordo Coletivo – 2007 e 2008 – que assinamos. Sabemos que não é o avanço que a categoria merece e quer, mas é o que foi possível. Nestes dois Acordos Coletivos tivemos aumento real de salário, conseguimos – embora pouco – melhorar a PLR, conseguimos avanço na questão da isonomia dos funcionários do BB, enfim, mantivemos os direitos dos trabalhadores bancários.

IB – O que o Sindicato tem feito em defesa da categoria?
JU – Temos interagido com a sociedade e avançado no que diz respeito a Lei de Filas e conforto bancário. Estamos tentando viabilizar um projeto de lei, através do deputado Fábio Novo, sobre assédio moral que é hoje um assunto constante. São essas as lutas e bandeiras que tentamos trabalhar.

IB – Quais os maiores desafios do senhor à frente do Sindicato dos Bancários?
JU – As incorporações e terceirizações. São todas essas maneiras de driblar a população. Quanto mais incorporam um banco ao outro, menos banco a gente tem no país, então, ficando mais vulnerável o sistema financeiro. O resultado é que se um banco entra em dificuldade, entram todos os outros. Portanto, temos que ficar acompanhando, fiscalizando, reclamando e esclarecendo à sociedade o que pode vir de maléfico nessa história.

IB – Qual é o papel do sindicato no movimento sindical?
JU – Primar pela organização que é um dos grandes trunfos que temos e posso afirmar que o Brasil é um dos países mais bem organizados sindicalmente no mundo e, dentro deste contexto, nós somos vanguarda. O Sindicato dos Bancários é o único na América Latina e talvez no mundo a ter um acordo coletivo de Norte a Sul do país. Isso é um avanço tão grande que as vezes a gente avança e não nota, mas isso é um fato inédito.

IB – Como o senhor avalia a luta da categoria bancária no atual momento?
JU – É uma luta árdua, desigual, às vezes a gente se sente impotente diante de tantos problemas, mas é uma luta que vale a pena por conta dos avanços, não desistimos e estamos sendo resistentes com tantos desmandos, pois a categoria bancária é a mais penalizada em termos de trabalho no país. Para exemplificar, basta lembrar que muitos bancários são acometidos de LER/DORT, uma doença ocupacional que não se falava antes e que agora até a medicina reconhece, além do assédio moral que virou modismo, mas, graças a Deus temos um certo respeito e reconhecimento e isto engrandece o movimento.

IB – Neste 17 de março, o SEEBF/PI tem realmente o que comemorar?
JU – Com certeza. O sindicato completar 55 anos nos moldes e avanços que a entidade tem feito é sempre motivo de comemoração. Para se ter uma idéia, o Sindicato dos Bancários do Piauí é hoje um dos menores do país, no entanto, é um dos mais reconhecidos nacionalmente, principalmente por ser organizado, militante, lutador e vitorioso, sendo, então, motivo de orgulho e comemoração.

IB – Qual a sua mensagem nesta data importante?
JU – Quero parabenizar a todos os presidentes e diretores que aqui passaram, bem como os associados e a sociedade em geral. Acho que a categoria bancária deve comparecer à nossa festa, se divertir e se confraternizar, e aplaudir esta data que para nós é muito importante e única para categoria bancária.

Fonte: Gilson Rocha (Seebf/PI)

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