Diversos bancários do BB denunciaram ao Sindicato que a Vipat (Vice-presidência de Atacado) estaria chamando de volta para o trabalho presencial um contingente de pelo menos 20% do quadro de funcionários de suas diretorias. Diante disso, o Sindicato procurou o banco para solicitar esclarecimentos, uma vez que tal notificação fere os compromissos acordados com a Comissão de Empresa dos Funcionários do BB (CEBB) e com o Comando Nacional dos Bancários.
“O banco nos informou que isso não era um orientação geral. E que vai comunicar a todos os funcionários ligados à Vipat que não há convocação compulsória para volta ao trabalho presencial, diferentemente das informações desencontradas divulgadas de forma não oficial”, diz a dirigente do Sindicato e bancária do BB Adriana Ferreira.
O BB informou ao Sindicato que caso alguns bancários queiram voltar para o trabalho presencial, por questões como problemas técnicos, por exemplo, tal pedido seria bem recepcionado, mas não sem antes ser efetuada a análise adequada do pleito, com vistas a respeitar todos os protocolos de segurança do BB. Porém, o retorno não é obrigatório e não há orientação nesse sentido.
“A pandemia não acabou, muito pelo contrário. São Paulo voltou a ter mais de 80% de ocupação de UTIs e aumento no número de mortes e contaminações. Hoje [sexta 28] a imprensa divulgou que já foram detectadas as variantes de Manaus, Reino Unido e África do Sul, com maior poder de contágio, em pelo menos 133 municípios do estado. E as autoridade sanitárias dizem que é uma questão de tempo a detecção da variante indiana. Portanto, não é o momento de os bancos reduzirem o home office”, destaca Adriana.
Já está pacificado junto à empresa que todas as áreas e serviços que puderem trabalhar em regime de home office, devem continuar assim. O Sindicato de São Paulo continuará fiscalizando e acompanhando essa questão, e os bancários devem continuar denunciando qualquer tentativa de desrespeito a questões que comprometam sua saúde e segurança nessa época de pandemia, seja em teletrabalho ou trabalho presencial.
“Há o compromisso estabelecido em executar o retorno para o trabalho presencial de forma negociada com o movimento sindical, de maneira tranquila e respeitosa para com o trabalhador. A Covid-19 é uma doença que pode matar e é importante o banco manter o devido cuidado com os funcionários e clientes”, destaca Getúlio Maciel, dirigente sindical e representante da CEBB pela Fetec-Cut-SP.
Fonte: Seeb-SP