O presidente do Sindicato, Luiz Cláudio Marcolino, acompanhou a entrega das doações. "A ajuda dos bancários foi a melhor ação solidária que essas pessoas poderiam receber neste momento. Estão todos de parabéns pelo ato de cidadania e as ajudas devem continuar. A destruição é muito grande, bem maior do que pode ser visto pela televisão, afirma.
"O Sindicato continuará arrecadando donativos e sua ajuda é fundamental". Para participar, entre em contato com as regionais ou com a Secretaria Geral na sede do Sindicato.
São Luiz
Em São Luiz, o cenário é de devastação e desolamento, como se um furacão tivesse passado pela cidade. Escolas, igrejas, casas, o Mercado Municipal, tudo foi destruído ou está prestes a desabar. Um asilo que abrigava 16 idosos teve que transferir as pessoas duas vezes para locais diferentes por causa das chuvas.
Pontos de apoio foram montados na cidade histórica. Um deles funciona na casa do ex-bancário Vilson Aparecido Pereira. "O trabalho dos bancários foi fundamental na mobilização imediata para ajudar as vítimas. Existe uma tristeza muito grande, as pessoas estão abaladas psicologicamente e precisam de apoio para se reintegrar à sociedade", diz.
Segundo o ex-bancário, bairros preservados como Santa Terezinha, Alto do Cruzeiro e São Benedito, que ficam em locais mais altos, abrigam famílias inteiras. No São Benedito, containers de bancos, lojas e um posto do Poupatempo foram instalados para atender a população. "O processo de limpeza é demorado, temos de cuidar de toda higienização. Por isso precisamos de mais doações de material de limpeza", diz Vilson, que pede também que mais alimentos sejam doados.
Vila Itaim
Na zona leste de São Paulo, o principal problema é a lama podre pelas ruas. Renê dos Santos, uma das organizadoras da lista com as necessidades dos moradores da Vila Itaim, sentiu-se recompensada ao ver as doações dos bancários chegando ao salão de uma igreja do bairro. "Toda organização valeu a pena. Nessas semanas não recebemos nenhum tipo de doação e fiquei radiante de felicidade vendo as cestas básicas, todas organizadas. Ninguém ficou horas em filas. Todos esperaram sentados no salão da igreja, aguardando seus mantimentos, as mães todas felizes recebendo tantas fraldas", conta Renê, emocionada.
A ajuda foi distribuída entre 60 famílias. Muitos dos moradores não acreditavam que as doações chegariam até lá. Com o fato concretizado, outros se cadastraram. Agora, eles querem a limpeza dos bueiros, temendo novos alagamentos pela grande quantidade de lixo.
"Moro nesta vila há quase 40 anos, nunca a água ficou tanto tempo parada. Foram 38 dias de sofrimento, fica o cheiro podre pelas ruas", conta René, pedindo que os bancários continuem doando fraldas, colchões, água (a água do bairro está com cheiro muito ruim) e cobertores.
Fonte: Seeb São Paulo