Caso mais recente ocorreu na madrugada desta quinta em Gado Bravo. Presidente do sindicato cobra mais ações dos bancos e governo – De 1º de janeiro até 4 de outubro, o Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários da Paraíba, já registrou 40 ataques contra bancos no estado. O caso mais recente ocorreu na madrugada desta quinta-feira (4) em um terminal de autoatendimento localizado no município de Gado Bravo, no Agreste da Paraíba. Os criminosos explodiram caixas eletrônicos e fugiram com uma quantia que não foi informada pela polícia.
Marcos Henrique, presidente do Sindicato dos Bancários da Paraíba, disse que no ano passado foram registrados 72 ataques contra os bancos no estado. “Não acredito que os ataques estejam diminuindo. Já que a tendência é aumentar as ocorrências neste segundo semestre por conta da chegada do fim do ano”, explicou. Pelos dados do sindicato, neste ano já foram registrados 15 casos de explosões, 10 assaltos, 8 arrombamentos, 5 saidinhas e ainda 2 tentativas.
Já sobre as medidas que estão sendo tomadas pelo sindicato para tentar diminuir esse tipo de ocorrência, Marcos Henrique apontou dois pontos. Ele explicou que cobra medidas da Secretaria de Estado da Segurança e da Defesa Social e dos bancos. “Temos cobrado da Secretaria de Segurança uma melhor infraestrutura no setor de segurança. Cobramos uma gerência especial para discutir assaltos a bancos através de um serviço de inteligência como política preventiva. A secretaria continua ineficiente e hoje os bancários relutam em ir para o interior do estado que está descoberto”, explicou o presidente do sindicato.
Ainda dentro das ações para tentar impedir os ataques aos bancos estão o monitoramento de fronteiras e a instalação de câmeras fora das agências. “Queremos que o monitoramento seja acompanhado por uma equipes específica que vejam as imagens em tempo real.
Já em relação aos bancos, Marcos disse que cobra políticas preventivas. “Nas reivindicações deste ano nós conseguimos fazer com que as medidas que tiveram êxitos sejam copiadas por outros estados, como foi o caso da implantação das divisórias nos caixas”, Marcos explicou que com as divisórias o número de ocorrências do tipo saidinha de banco diminuiu 80% na Paraíba.
De acordo com Marcos, os bancos investem apenas 5% dos lucros em segurança. “Os bancos têm a segurança como despesa e não como um investimento”, disse.
O G1 procurou a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) para comentar as afirmações do Sindicato dos Bancários, sobre a falta de segurança nas agências. Por telefone, a assessoria de imprensa pediu que a solicitação fosse enviada por e-mail. O pedido foi enviado as 8h23 e o G1 aguarda a reposta.
A Secretaria de Estado da Segurança e da Defesa Social também foi procurada, mas as ligações não foram atendidas.
Fonte: G1 Paraíba