Nesta terça-feira, 8 de maio, a diretoria do Sindicato dos Bancários da Paraíba recebeu uma representação do Banco do Brasil para discutir a implantação da Plataforma de Suporte Operacional (PSO). O BB esteve representado por João Romildo de Lima (Centro de Serviços Suporte Operacional), Francisco Canindé Júnior (Superintendente Regional de Varejo), Marconi Campelo (Gerente de Administração da Super-PB) e Jackson Wanderley (Centro de Serviços Suporte Operacional). E o Sindicato pelos diretores Marcos Henriques (presidente), Jurandi Pereira, Francisco de Assis ‘Chicão’, Magali Pontes e Paulo Henrique (funcionários do BB).
Após ouvir as considerações dos representantes do Banco, a diretoria do Sindicato elencou os principais questionamentos levantados pelo funcionalismo alvo do sistema PSO e também em outras localidades onde o processo já foi implantado.
Adesão por imposição – O Sindicato condenou a forma de adesão ao sistema PSO, onde os funcionários julgados “sem perfil de vendedor” são literalmente obrigados a mudar de prefixo, sob ameaça de perder a comissão.
Mobilidade – Os funcionários alocados na PSO se submetem a constantes mudanças de local de trabalho. Caixas volantes, passam pelo constrangimento de chegar ao trabalho diariamente sem saber onde é que vão atuar; situação que gera insegurança e fragilidade.
Perda de autonomia – Como o caixa volante é vinculado a outro prefixo, a agência não tem nenhuma responsabilidade com o funcionário, nem o gestor tem autonomia sobre o mesmo.
Deslocado – Ao chegar para trabalhar na unidade para a qual foi designado, o caixa volante fica totalmente deslocado. Por não ser conhecido pelos colegas da unidade, sofre o isolamento e, às vezes, passam pelo desconforto até de serem olhados com desconfiança.
Os representantes do Banco afirmaram que as Plataformas de Suporte Operacional foram criadas para melhorar a qualidade de vida dos funcionários. Informaram que não iria haver alocações constantes e que os funcionários que aderissem ao sistema iriam ter sua agência fixa para trabalhar, assegurando que o sistema vai propiciar uma melhor ascensão para os bancários envolvidos no processo.
A diretoria do Sindicato argumentou que há muito tempo o Banco do Brasil não investe na qualidade de vida do funcionalismo e que a PSO vai apenas maximizar os lucros do Banco, em detrimento do sacrifício dos bancários. “Se a direção do BB tivesse real interesse em melhorar a qualidade de vida do seu quadro de pessoal, contrataria mais funcionários e não permitiria a prática de assédio moral em suas unidades”, concluiu Marcos Henriques.
Dirigentes sindicais e representantes do Banco do Brasil voltarão a se reunir brevemente; dessa vez, em uma assembleia, com a participação ativa dos principais interessados no assunto: os funcionários.