Mesmo durante a pandemia, funcionários são submetidos à cobrança de metas inatingíveis e sujeitos à demissão pelo não cumprimento das mesmas – Sindicatos de todo o Brasil denunciam nesta terça-feira (16)  as arbitrariedades do banco Santander, através de manifestações em agências e departamentos do banco espanhol, que obtém no Brasil um terço do seu lucro mundial.

Em março, o Santander se comprometeu publicamente em mesa de negociação com o movimento sindical em suspender as demissões que poderiam estar em andamento e a não demitir enquanto a pandemia perdurasse no país.

O desrespeito do Santander Brasil não é somente com o trabalhador, mas com toda a sociedade brasileira. As práticas antissindicais do banco se tornaram frequentes e o desrespeito só aumenta.  Aqui na Paraíba o Santander demitiu uma funcionária que, graças à atuação do Sindicato, foi readmitida através de medida judicial.

A diretoria do banco espanhol tenta justificar essas demissões absurdas durante a pandemia declarando que a “meritocracia é um dos grandes valores da instituição”. Em média, a diretoria executiva do banco recebeu 9,4 mi em 2019, será que eles têm o mesmo tratamento dos trabalhadores? Claro que não. E, sinceramente, não entendemos porque o Santander não demite em outros países onde opera e age covardemente somente aqui no Brasil.

Para o presidente do Sindicato dos Bancários da Paraíba, Lindonjhonson Almeida, o Santander  opera como concessão pública no Brasil, país do qual retira a maior parcela do seu lucro mundial, recebe incentivos do desastrado governo de Jair Bolsonaro e desrespeita os funcionários e o povo brasileiro.

“Não há justificativa para as demissões. O Santander Brasil apresentou lucro de 3,8 bilhões de reais, nos primeiros três meses do ano, alta de 10,5% em relação ao mesmo período do ano anterior. Esse lucro representou quase 30% do lucro global do banco espanhol. A justificativa de demitir por conta de ajuste econômico gerado pela crise é mentirosa e descabida, pois o governo federal liberou aos bancos mais de R$ 1 trilhão. Portanto, além de praticar tarifas e taxas extorsivas contra a população, desrespeitar o acordo com os sindicatos e demitir em plena pandemia é um ato criminoso, que deve ser repudiado por todos”, concluiu Lindonjhonson.

Fonte: Seeb-PB, com Contraf-CUT