Não satisfeito, chamou a polícia para conter a greve, que acabou transcorrendo normalmente até o final do dia. A PM enviou três viaturas que acompanharam a movimentação de esclarecimento dos empregados e outras pessoas que passavam frequentemente na porta da Caixa na Leopoldino de Oliveira.
Para a diretoria do Sindicato, o ato é lamentável, pois nunca na história do movimento sindical uma pessoa com cargo de chefia da Caixa em Uberaba havia usado a polícia contra o movimento de greve. E a mancha foi cair justamente durante a gestão do governo Lula, o que torna ainda pior o ato.
Para o presidente do Sindicato e empregado da Caixa há 31 anos, Maurício de Sousa, a atitude foi desnecessária, pois nunca o Sindicato usou de violência durante o movimento de greve e não impede a entrada de clientes e funcionários. "Usa-se de forma desnecessária a Polícia Militar quando ela poderia estar cuidando da segurança da população da cidade", aponta o sindicalista.
A agência principal da Caixa em Uberlândia, onde funciona a Superintendência Regional, esteve em greve durante esta quarta-feira.
Para piorar a situação, o presidente do Sindicato foi proibido de entrar na agência Centro da Caixa (a partir de ordens do gerente da agência e do Superintendente Regional) no início desta tarde, quando ia protocolar no banco o comunicado de posse da nova diretoria, que ocorreu ontem, após a assembléia da categoria.
O primeiro dia de greve em Uberaba atingiu três agências da Caixa, que pararam inteiramente ou na sua maioria. E de forma parcial em várias agências do setor privado da cidade.
A greve é por tempo indeterminado e foi decidida após rejeição de 4,2% de reajuste oferecido pelos banqueiros na campanha nacional da categoria, além da negativa de quase toda a pauta de reivindicações feita pelo setor patronal.
Fonte: Seeb Uberaba