No acumulado dos últimos dois meses, as tarifas bancárias aumentaram 1,61%, mais do que a inflação oficial, segundo o IBGE.
Um outro levantamento, do Banco Central, que é divulgado diariamente, mostra que de abril para cá, o valor do pacote que dá direito a um determinado número de extratos e saques subiu 1,56%.
Quem excede o limite sente ainda mais no bolso: a alta foi de 13% no extrato adicional e o saque extra na agência ficou quase 9% mais caro. E quem viaja para o exterior pagou 74% a mais pelo cartão de débito em moeda estrangeira.
A Federação dos Bancos informou que não se manifesta sobre a política de tarifas e que cada banco determina os preços de acordo com sua estratégia comercial.
Para a ONG Pró-Teste, de defesa do consumidor, as taxas subiram para compensar a queda dos juros. "Os bancos aumentaram o preço das tarifas bancárias em troca da redução dos juros. As tarifas bancárias todos pagam. Os juros poucas pagam", opina a coordenadora Maria Inês Dolci.
Por determinação do Banco Central, os bancos só podem reajustar as tarifas duas vezes por ano. O que pouca gente sabe é que todo cliente tem direito a um pacote básico de serviços gratuitos que muitas vezes não é oferecido pelo gerente, mas que pode significar uma boa economia.
O correntista tem direito a cartão de débito e a quatro saques, dois extratos, dez folhas de cheque e duas transferências por mês entre contas do mesmo banco, além das consultas na internet, sem pagar nada.
A ONG recomenda comparar as taxas, que variam de banco para banco. O cliente pode pedir à instituição que tem as melhores tarifas a transferência da conta para lá.
"Esse banco é que vai solicitar para o primeiro a transferência da sua conta para aquele banco. Então, cabe ao consumidor tomar cuidado, prestar atenção, verificar as tarifas. Se você juntar todos os meses o quanto paga a mais de tarifa, ao final do ano você pode economizar", orienta Dolci.
Fonte: Jornal Nacional