O pedido foi apresentado pelo subprocurador-geral junto ao TCU Lucas Rocha Furtado e encaminhado ao presidente da corte, José Múcio Monteiro. O objetivo é analisar um “eventual açodamento” na venda de ativos previstas para este ano que “poderia advir incalculáveis prejuízos aos cofres públicos”. A notícia foi divulgada pela Agência Reuters.
“Nós temos alertado todos os dias sobre os danos que este fatiamento da Caixa trará ao país. É importante que mais órgãos fortaleçam a nossa luta”, afirmou Sérgio Takemoto, secretário de Finanças da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e vice-presidente da Federação Nacional das Associações de Pessoal da Caixa (Fenae).
Conforme noticiado pela Reuters, a representação aponta que, ao que tudo indica, as iniciativas governamentais “representam correção de excessos de alguma maneira cometidos historicamente pelo Poder Público e por suas empresas estatais”.
Mexer em time que está ganhando
Este desrespeito ao interesse público fica evidente quando se avalia a saúde financeira da Caixa: no terceiro semestre de 2019, a empresa teve um lucro de R$ 8 bilhões. Em 2018, o lucro líquido contábil foi de R$ 10,355 bilhões. “A Caixa não está e nunca esteve em crise. Ao contrário gera e distribui lucros. Nos últimos 15 anos, este banco público financiou quatro milhões de moradia do programa Minha casa, Minha vida. Encolher o banco é diminuir a sua capacidade de atendimento, especialmente para a baixa renda”, lembrou Takemoto. “Estamos de olho nisso. Os bancos públicos representam uma das principais forças de desenvolvimento do país. É preciso frear esta distribuição do patrimônio público em benefício da iniciativa privada”, finalizou.