Na capital, quatro lojas da rede de drogarias Farto desativaram os terminais, há cerca de um mês, por precaução. "Falamos com os bancos, os técnicos retiraram o dinheiro e orientaram a cobrir o caixa e pôr uma placa de "desativado temporariamente’", disse o gerente Douglas de Oliveira.
Estabelecimentos menores têm o mesmo temor. Na Vila Curuçá, zona leste, a Drogaria Lc Carlos mandou tirar um terminal. Os clientes, porém, não gostaram. "Eles têm reclamado", diz a gerente Maria Castro.
No segunda-feira, a Associação Comercial recomendou aos lojistas assustados negociar com os bancos a desativação dos equipamentos.
Ontem, o vice-presidente da Apas (Associação Paulista de Supermercados), José Alberto Paiva Gouveia, afirma que a entidade recomenda o mesmo a seus associados, e garantiu que vários já estão tomando a iniciativa, "numa reação em cadeia".
O serviço também está sendo suspenso em lojas de conveniência de postos de combustíveis. Proprietário do posto Maracanã, na zona sul, João Fernandes disse que já solicitou o desligamento do terminal na loja.
Segundo o presidente do Sincopetro (sindicato dos postos de SP), José Alberto Paiva Gouveia, "a orientação é que, pelo momento, os postos desativem as máquinas".
A Febraban (federação dos bancos) não falou sobre as desativações. A Secretaria de Segurança Pública informou que reforçou o policiamento nesses casos.
SAIDINHA DE BANCO
A Polícia Militar e a Febraban iniciaram anteontem em São Paulo uma operação para evitar o golpe conhecido como saidinha de banco. Policiais e representantes dos bancos visitaram 208 agências para dar dicas de segurança aos clientes.
Fonte: Reynaldo Turollo Jr – Folha de São Paulo