Após resistência de ambientalistas, o governo federal deve anunciar, ainda nesta segunda-feira (25), a revogação do decreto que extinguia a Reserva Nacional do Cobre e Associados (Renca).
O anúncio deve ser feito pelo ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, que convocou uma entrevista coletivo para o final da tarde. Dessa forma, fica mantido o decreto que criou a reserva, em 1984.
“A revogação do decreto é uma grande vitória dos movimentos sociais, do campo, povos e comunidades tradicionais e organizações ambientalistas, que denunciaram desde primeiro dia os impactos da extinção da reserva e que gerou a rejeição da sociedade”, comemora Daniel Gaio, secretário nacional de Meio Ambiente da CUT.
De acordo com o dirigente, “o decreto da Renca é só a ponta do iceberg sobre os desmontes na área ambiental, seu anúncio foi decisivo para mostrar à sociedade o que o governo pensa sobre esse tema. Continuaremos na luta pelos nossos direitos, o território brasileiro e a soberania nacional.”
Desde que anunciou, arbitrariamente, a extinção da Renca, no último dia 23 de agosto, o presidente ilegítimo Michel Temer se tornou algo de manifestações contrárias em todo o mundo.
Por trás da medida, estava o óbvio interesse comercial. Temer estava disposto a liberar a área para a iniciativa explorar a diversidade de minérios na região, como ouro, ferro, manganês e tântalo.