Por essas razões, as famílias que vivem no acampamento há mais de 10 anos reivindicavam a regularização da área junto ao governo estadual e ao Instituto Nacional de Reforma Agrária (Incra), que chegou a realizar laudo técnico inicial, mas, segundo as famílias, as negociações não foram concluídas .
Segundo a Comissão Pastoral da Terra (CPT), o crime pode estar ligado a questões ambientais, exatamente porque a vítima, por muitas vezes, combateu e denunciou desmatadores. Por já ter recebido ameaças, José Luiz da Silva decidiu se afastar do acampamento mas, por se convencer de que elas não se concretizariam, retornou ao local. E no último sábado foi morto a tiros por dois homens que passavam numa motocicleta.
Ainda de acordo com a CPT, uma trabalhadora rural que testemunhou as ameaças foi procurada por homens desconhecidos durante os dias que antecederam o assassinato de José Luiz da Silva.
Violência no campo
Em maio, o casal de líderes extrativistas José Claudio Ribeiro da Silva e Maria do Espírito Santo, foi assassinado em Nova Ipixuna, no Pará. Daquele mês para cá, outras quatro pessoas foram mortas na zona rural da região Norte, três no Pará e uma em Rondônia.
Fonte: Virginia Toledo, Rede Brasil Atual