Bancários reuniram-se no Sindicato de São Paulo para discutir descomissionamento e caixa minuto. Nesta segunda (19), tem reunião com a Caixa, em Brasília – Empregados da Caixa realizaram plenária na quinta-feira 15, no Sindicato dos Bancários de São Paulo, para discutir os resultados dos GTs de descomissionamento e caixa minuto. Os participantes propuseram uma agenda de mobilização nacional a partir da segunda quinzena de janeiro. Nesta segunda-feira (19) serão realizadas reuniões dos dois GTs em Brasília, às 15h, para definir proposta conjunta com o banco. Na terça-feira 20, serão debatidos, na Comissão Executiva dos Empregados (CEE), os próximos passos do movimento.

Os trabalhadores fizeram várias críticas ao que foi classificado como “política do medo”, implementada pela empresa. Para um bancário do extremo leste da capital, as reuniões da próxima semana servirão como termômetro para a mobilização, já que os comissionados muitas vezes sofrem pressão por conta de uma possível participação nas atividades.

“A conversa da empresa está vencendo o discurso do coleguismo. Como sempre, a participação é fundamental. Os comissionados precisam engrossar a luta”, avaliou.

Em relação aos casos de descomissionamento arbitrário, os participantes da plenária lembraram da mobilização que criou o Processo Seletivo Interno (PSI), que cria regras para crescer na empresa. Agora, o momento é de discutir critérios para o processo inverso, para que não haja arbitrariedades.

“É um absurdo colocar no julgamento de um indivíduo a decisão sobre o futuro da carreira de um determinado trabalhador. A discussão do descomissionamento arbitrário é uma discussão sobre a própria organização do trabalho”, frisou Dionísio Reis, coordenador da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE-Caixa). “O que a gente percebe é uma insegurança total. Você trabalha hoje sem saber o dia de amanhã”, concluiu.

Outro participante, que também preferiu não se identificar, defendeu que a categoria deve estar atenta para enfrentar o processo de desmonte dos bancos públicos.

“O trabalhador tem de estar sempre preparado, por conta da possibilidade de extinção de vagas, agências e postos de trabalho. Veja a experiência do Banco do Brasil! Acredito que ano que vem podem vir ataques ainda maiores”, afirmou.

Sobre o caixa minuto, Dionísio afirmou que ainda não houve um posicionamento aceitável por parte do banco.

“A Caixa até o momento não apresentou uma proposta decente para a questão. Vale ressaltar que tanto o descomissionamento quanto o caixa minuto são parte de um processo de corte de gastos. É uma espécie de economia que serve para preparar o desmonte da Caixa, ao qual os empregados devem resistir na luta por seus direitos e pelo banco 100% público”, criticou.

Fonte: Seeb SP