Funcionários do BB se destacaram. Quarta será a vez dos bancários da Caixa
Um grande abraço simbólico em frente ao edifício Sede I do Banco do Brasil marcou nesta quinta-feira (21) o ato público convocado pela CUT e demais centrais sindicais em defesa das empresas estatais, pela manutenção dos direitos dos trabalhadores e pelo fortalecimento do Estado brasileiro.
Durante o ato, o Sindicato dos Bancários de Brasília distribuiu documento condenando veementemente as privatizações. "A privatização sempre foi um engodo. O governo FHC, por exemplo, implantou as privatizações a preços baixos, financiou os ‘compradores’, agiu com autoritarismo, transferindo o patrimônio público, acumulado ao longo de décadas, a poucos grupos empresariais que nem sequer tinham dinheiro para pagar o Tesouro".
Ao lembrar as inúmeras manifestações para preservar as estatais – realizadas em 1983, durante a ditadura militar, e ao longo do governo FHC – Jacy Afonso de Melo, ex-presidente do Sindicato dos Bancários de Brasília e atual secretário de Organização da CUT, destacou a importância da mobilização de todos os trabalhadores para frear as privatizações.
"Aquilo que não privatizaram, eles esvaziaram, como o BB e a Caixa, tentando impedir os bancos públicos de trabalharem em prol do desenvolvimento do país", afirmou. "Não podemos permitir um retrocesso. O país precisa continuar crescendo e distribuindo renda", acrescentou Jacy Afonso.
"Estamos abraçando este prédio do Banco do Brasil, mas simbolicamente abraçamos todo o patrimônio público contra a herança privatizadora de FHC, que nestas eleições é representado por José Serra", destacou Jacques Pena, ex-presidente do Sindicato dos Bancários de Brasília e da Fundação Banco do Brasil.
A secretária de Assuntos Jurídicos da Contraf-CUT, Miriam Fochi, lembrou que estão em disputa neste momento eleitoral dois projetos políticos distintos. "Um representa a continuidade da valorização das estatais, do desenvolvimento econômico e social e da retirada de milhões de pessoas da miséria e o outro está baseado nas privatizações e no ataque aos direitos dos trabalhadores".
Miriam ressaltou que os "bancários de Brasília, com ampla participação dos funcionários do Banco do Brasil na manifestação, estão mostrando de que lado estão, que é o da continuidade das mudanças, com a geração de empregos e renda e avanços sociais".
"Enfrentamos durante o período FHC uma das mais agressivas investidas contra os trabalhadores. Foi quando os bancários amargaram forte arrocho salarial, por exemplo", recordou Erika Kokay, ex-presidente do Sindicato de Brasília e deputada federal eleita.
O secretário-geral do Sindicato, André Nepomuceno, lembrou que a luta pela manutenção das empresas públicas também acontece no GDF. "Algumas pessoas dizem que houve aparelhamento das empresas estatais. Essas pessoas se esquecem que o BRB já teve diretores, na gestão Arruda, que saíram do cargo algemadas, direto para a cadeia. Isso sim é aparelhamento. Vamos eleger candidatos que defendem o BRB como um banco público e de qualidade", frisou.
Também participaram do ato os deputados federais reeleitos do PT, Geraldo Magela e Ricardo Berzoini, e os distritais eleitos do PT, Chico Leite e Chico Vigilante.
Ato público na Caixa
Um novo ato em defesa das estatais está marcado para a próxima quarta-feira, dia 27, em frente ao edifício Matriz da Caixa, também no Setor Bancário Sul.
Fonte: André Shalders – Seeb Brasília