O congresso histórico de fundação da Fetrafi-NE contou com a participação do presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro.
"Nosso objetivo é que a nova federação represente todos os trabalhadores do ramo financeiro do Nordeste", projeta a presidenta do Sindicato dos Bancários de Pernambuco, Jaqueline Mello.
Ela lembra que nos anos de 1980 a categoria bancária era formada por mais de 1 milhão de trabalhadores no Brasil. "Hoje, o número de bancários gira em torno dos 465 mil. Isso não quer dizer que os bancos fecharam mais da metade dos postos de trabalho nos últimos 30 anos. A verdade é que as instituições financeiras segmentaram seus trabalhadores, criando diversas categorias, como os financiários, promotores de vendas, securitários, especialistas em tecnologia da informação, funcionários de bolsas de valores, entre outros", conta Jaqueline.
Esses trabalhadores, embora continuem prestando serviço para os bancos, ficaram à margem da Convenção Coletiva Nacional dos Bancários. Com muito menos direitos, eles ficaram sem representatividade sindical e, separados, não só perdem o poder de pressão contra os bancos, mas também enfraquecem a categoria bancária, que acabou reduzida pela metade.
"Na época em que os bancos deram início a essa segmentação, criamos o lema: quem trabalha em banco, bancário é. E começamos a nos movimentar para adaptarmos os sindicatos à essa nova realidade. Em 2006, criamos a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro da CUT (Contraf-CUT) e o Sindicato dos Bancários de Pernambuco foi um dos primeiros do país a se adaptar. Tanto é que mudamos o nome da entidade para Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Crédito. Agora,com a criação da Fetrafi-NE, finalizamos a última etapa da adaptação do movimento sindical bancário visando representar todos os trabalhadores do ramo financeiro", conclui Jaqueline.
Fonte: Contraf-CUT com Seeb Pernambuco