O Comando Nacional dos Bancários, assessorado pela Comissão Nacional dos Funcionários do BNB (CNFBNB), e a direção do Banco do Nordeste do Brasil (BNB) assinaram nesta quinta-feira, dia 12/9, o acordo coletivo de trabalho do funcionalismo, com vigência bianual. A assinatura aconteceu na sede administrativa do Banco, no Passaré, em Fortaleza.
Um dos principais destaques do acordo celebrado nesta quinta foi a conquista história da autorização para a distribuição do montante da PLR no limite máximo de 48% dos dividendos pagos. O limite anterior era de 25%. Durante a cerimônia de assinatura, o Banco anunciou que o crédito da PLR já estava disponível, atendendo a uma solicitação do Comando Nacional dos Bancários, realizada previamente.
A direção do Banco do Nordeste ressaltou ainda o empenho mútuo da mesa de negociação, durante toda a campanha nacional dos funcionários, para se chegar a um acordo satisfatório para ambos os lados.
“Estamos assinando o acordo específico do BNB com significativos avanços, com uma PLR histórica e ainda, o BNB é o primeiro banco do sistema financeiro a pagar a PLR dos funcionários este ano. Queremos lembrar também que antes a campanha salarial terminava e o Banco só assinava o acordo vários meses depois. Agora, nos satisfaz ver o empoderamento feminino, as conquistas sociais e sobretudo, o BNB, como um todo, se equiparando aos demais bancos públicos”, destacou o secretário geral da Contraf-CUT, Gustavo Tabatinga.
“O BNB era o último dos bancos a pagar a PLR, a assinar o acordo e nós estamos aqui valorizando essa Instituição com o devido valor que ela merece como banco desenvolvedor do Nordeste e do Brasil”, completou o presidente da Fetrafi/NE e representante do Comando Nacional na mesa de negociação com o BNB, Carlos Eduardo.
O presidente do Sindicato dos Bancários do Ceará, José Eduardo Marinho, ressaltou a importância do canal de diálogo com o Banco. “Toda a construção da campanha dos funcionários do BNB foi diferenciada: a direção do Banco participou do Congresso Nacional dos Funcionários e isso foi importante para a construção da pauta de reivindicações e todos os avanços conquistados foram frutos do esforço de todos. Isso fez o diferencial e o BNB está dando exemplo”, disse.
“Importante enfatizar que essa campanha foi difícil, houve tentativa de atacar as entidades sindicais, mas os resultados das nossas votações reforçaram a nossa credibilidade e o nosso comprometimento com os funcionários do BNB”, destacou o coordenador da CNFBNB, Robson Araújo.
“Esse capítulo da campanha terminou, mas ainda temos muitas pautas para avançar. Em breve estaremos reunidos novamente na mesa de negociação permanente, muito importante para continuar avançando nas conquistas para os funcionários do BNB”, finalizou a diretora do Sindicato dos Bancários do Ceará, Carmen Araújo.
Os sindicatos isolados do Maranhão e Rio Grande do Norte, que não estão filiados à Contraf-CUT, não têm federação ou confederação e, portanto, não possuem relação sindical para negociações coletivas nacionais, correm o risco de deixar seus trabalhadores desprotegidos. A Contraf, no entanto, ao identificar essa situação, estabeleceu mecanismos para proteger esses trabalhadores, permitindo que suas bases tenham acesso aos direitos conquistados nas negociações da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) para todos os bancos, bem como nos acordos coletivos específicos do Banco do Nordeste (BNB), como os de PLR e ponto eletrônico.
Diante do isolamento desses sindicatos e da importância de garantir a proteção aos trabalhadores, foi criada a possibilidade de adesão aos benefícios conquistados pela Contraf e pelo Comando Nacional dos Bancários por meio de um termo de adesão. Esse termo, que respeita a autonomia e liberdade sindical, permite que trabalhadores dessas bases recebam os benefícios econômicos e sociais negociados, assegurando que não fiquem desamparados devido à ausência de participação ativa de seus sindicatos nas negociações.
A Contraf reafirma o seu compromisso com a unidade nacional e a proteção coletiva dos trabalhadores do Banco do Nordeste do Brasil, permitindo que, ainda que algum sindicato não participe diretamente das negociações, os direitos conquistados possam ser estendidos mediante adesão. Esse processo assegura que o princípio classista de proteção coletiva seja mantido, mesmo em bases cujas entidades sindicais não compreendam, por completo, a importância da unidade na luta coletiva dos trabalhadores.
Fonte: Bancários Ceará