Com a oficialização do Projeto da terceirização, aprovado no dia 22 de março de 2017, denominado a Lei do Bico, que está prestes a ser sancionada pelo presidente golpista, Michel Temer, os trabalhadores e trabalhadoras sentirão na pele uma das maiores tragédias para a classe trabalhadora desde a ditadura militar, o fim dos direitos trabalhistas. Na resistência contra essa onda de retrocessos que se amplia com a proposta das Reformas da Previdência e Trabalhista, a Central Única dos Trabalhadores da Paraíba (CUT-PB) convoca todos e todas para o Dia Nacional de Mobilização, nessa sexta, 31, que em João Pessoa, tem como local de concentração o Lyceu Paraibano, a partir das 15:00 h.
De acordo com o secretário-geral da CUT-PB, Joel Nascimento, os (as) trabalhadores (as) e os movimentos sociais precisam intensificar ainda mais essa luta. “Estamos vivendo um dos piores ataques ao povo brasileiro e temos que mostrar que só a luta é capaz de barrar esse retrocesso. Com a mobilização podemos impedir esse processo trágico de retirada de direitos, que visa exclusivamente prejudicar o mais pobre e a classe trabalhadora, que será precarizada ainda mais ao ser transformada num terceirizado, sem nenhum direito trabalhista. Não podemos aceitar isso, temos que resistir e enfrentar esses ataques”, alertou.
Uma plenária popular será realizada nesta quarta-feira (29) , às 17h, no auditório do Sinttel-PB para organizar e deliberar as ações de luta do Dia Nacional de Mobilização, nesta sexta-feira (31). Diversas categorias de trabalhadores, movimentos sociais, partidos políticos de esquerda e centrais sindicais, que fazem parte da Frente Brasil Popular da Paraíba participarão da plenária.
Um documento lançado em fevereiro deste ano pela CUT e pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), aponta que os terceirizados ganham 25% menos, trabalham quatro horas a mais e ficam 2,7 anos a menos no emprego quando comparados com os contratados diretos. A publicação, intitulada Terceirização e Desenvolvimento, Uma Conta que Não Fecha, afirma que a medida impoe situações semelhantes à escravidão.