Diversas categorias profissionais, por meio das centrais sindicais, articulam com governadores e prefeitos o ato da próxima quarta-feira (24) para que os trabalhadores do país fiquem em casa. É o “lockdown dos trabalhadores”, manifestação unificada em defesa da vida, por vacinas, auxílio emergencial de R$ 600, empregos e contra as privatizações do governo Bolsonaro.

As entidades sindicais também estão se reunindo com parlamentares no Congresso Nacional. A organização da mobilização ocorre na base das categorias. A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) orientou os sindicatos de todo o país a realizarem até esta segunda-feira (22) plenárias com suas bases.

Categoria

Além de organizar o lockdown, as entidades ligadas à Contraf-CUT também farão um levantamento sobre os danos que a Covid-19 tem feito na categoria. A orientação é para que se contabilize o número de mortos, já que a categoria bancária foi uma das que estiveram na linha de frente no atendimento à população. Um exemplo foi o pagamento do auxílio emergencial, feito pelos bancários e bancárias da Caixa no ano passado e que vão repetir o esforço a partir do ano que vem, quando começar o pagamento do novo auxílio.

Nesta segunda-feira (22), o vice-presidente da Contraf-CUT, Vinicius de Assumpção Silva, foi entrevistado no “Seu Jornal”, noticioso da TVT, quando falou dos preparativos da categoria bancária para a mobilização de quarta-feira. “É um lockdown da classe trabalhadora lutando por saúde, por direitos, emprego e cobrando do governo um posicionamento mais eficaz. A gente tem que mostrara nossa indignação por esse processo”, explicou o vice-presidente da Contraf-CUT.

Na linha de frente

Para Vinicius, a categoria bancária ficou na linha de frente no atendimento à população durante toda a pandemia. “Nós ficamos o tempo todo prestando serviços para a população, pagando auxílio emergencial em meio a toda aquela aglomeração, que infelizmente acabou ocorrendo. Isso ocorreu por falta de coordenação do governo federal, criticou.

A pandemia, para o vice-presidente da Contraf-CUT, afetou principalmente os setores mais desprotegidos da população. “A atuação do governo Bolsonaro é trágica, principalmente para os mais pobres, para os negros, para os moradores das periferias das grandes cidades. Para eles, a assistência é menor, eles têm um poder de proteção menor. Esses trabalhadores e suas famílias precisam buscar o dia a dia com mais urgência”, ressaltou Vinicius de Assumpção Silva.

“Aqui na Paraíba, por conta das medidas de isolamento social vigentes, não vamos poder nos aglomerar em atos públicos. Vamos protestar pelas redes sociais e através de carros de som nas ruas e convocar o povo para reforçar nossas cobranças pela centralização das ações de combate à pandemia pelo governo federal. Essa é uma luta de todos. Queremos mais vacinas, queremos a volta do auxílio emergencial de R$ 600,00 e segurança para os trabalhadores que estão na linha de frente no atendimento à população, a exemplo dos bancários que efetuam o pagamento dos benefícios sociais”, conclama Lindonjhonson Almeida, presidente do Sindicato dos Bancários da Paraíba

Fonte: Seeb-PB, com Contraf-CUT.