Bancários e bancárias da Paraíba vão às ruas nesta quarta-feira (30) para defender a classe trabalhadora e toda a sociedade brasileira da política econômica neoliberal do governo de Jair Bolsonaro (PSL), implantada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes. O ato, que acontece na esplanada, em frente ao Ministério da Economia, tem como mote a defesa da soberania, dos direitos e dos empregos, contra as privatizações, pelo fim da política econômica neoliberal do governo Bolsonaro que não promove o desenvolvimento, nem gera emprego. O presidente do Sindicato, Lindonjhonson Almeida, e os diretores Robson Luis, Paula Brito e Magali Pontes participam da manifestação.
Uma caravana de sindicalistas e militantes de movimentos sociais vinda de vários estados está chegando a Brasília para participar do ato convocado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), CTB, Força Sindical, UGT, CSB e Intersindical e as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo.

Segundo o presidente do Sindicato, Lindonjhonson Almeida, o ato que tem como mote a defesa da soberania, dos direitos e dos empregos, contra as privatizações, pelo fim da política econômica neoliberal do governo Bolsonaro que não promove o desenvolvimento, nem gera emprego faz parte de uma agenda de luta construída como forma de fazer o devido enfrentamento a esse governo de retrocessos. “Ir para as ruas, é defender o Brasil, a geração de emprego para mais de 30 milhões de trabalhadores e trabalhadoras desempregados e subempregados que querem empregos de qualidade. Ir para ruas é dar um basta nas políticas neoliberais. Estamos defendendo o presente e o futuro do país e dos brasileiros. Todos os períodos de crescimento econômico que nós tivemos foi com intervenção do Estado, com investimento dos bancos públicos, que são as empresas que mais investem no desenvolvimento do país”, disse.

Defesa dos bancos públicos

Na tarde desta terça-feira (29) já tem atividade em protesto contra a política neoliberal implementada pelo governo Bolsonaro. Também em Brasília, bancários e bancárias de todo debatem a importância dos bancos públicos para a sociedade brasileira no seminário “O Brasil é nosso”. Promovido pelas frentes parlamentares mistas em Defesa da Soberania Nacional e em Defesa dos Bancos Públicos como parte da campanha em defesa dos bancos públicos, da soberania nacional, do crédito, do emprego e do desenvolvimento, a atividade conta com o apoio da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e da Federação Nacional das Associações dos Empregados da Caixa (Fenae).

“Os bancos públicos são instrumentos estratégicos. Quando bem usados pelo governo, dispõem crédito para o desenvolvimento e, consequentemente, geram emprego e renda para os trabalhadores”, explicou a presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira.

“Mais do que isso, os bancos públicos são fundamentais para o desenvolvimento igualitário do país, como determina a Constituição Federal e a legislação específica do sistema financeiro. São os bancos públicos que concedem crédito para as regiões mais carentes. Os privados concentram sua atuação na região Sudeste”, completou a presidenta da Contraf-CUT, lembrando que somente os bancos públicos investem onde os privados não têm interesse. “Os bancos privados têm como objetivo o lucro. Os públicos visam o retorno para a sociedade”, concluiu.

Aqui como lá

Os últimos acontecimentos no Chile, em que a população foi para as ruas protestar contra a política econômica do governo daquele país, e a volta da esquerda à presidência da Argentina são um alerta para o povo brasileiro de que a política econômica neoliberal de Bolsonaro e Guedes não dá certo.

Segundo o presidente da CUT, Paulo Guedes ajudou a implantar no Chile o sistema de capitalização da Previdência, que acabou com direitos trabalhistas, enfraqueceu os sindicatos e culminou com as manifestações que estão sendo realizadas no país.

“O que está acontecendo no Chile é a revolta do povo contra a política econômica neoliberal, onde tudo é privatizado. Não tem ensino superior gratuito, não tem acesso à saúde gratuita. É a mesma política que Bolsonaro quer aqui, a que destrói os direitos sociais e previdenciários. O Brasil precisa acordar para não chegar a esse ponto”, analisou a presidenta do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios e Telégrafos do Distrito Federal e Região do Entorno (SINTECT/DF), Amanda Corsino.

Já Sérgio Nobre acredita que tudo o que está acontecendo no Chile teve o dedo do ministro da Economia brasileiro, mas que, agora o povo quer outro rumo.

“O desespero é tanto que o presidente, Sebastián Piñera, pediu desculpas para o povo porque o que foi feito de ruim, não pode se recuperar em dois, três anos. Não é isso que queremos. Não podemos permitir que o que está acontecendo no Chile aconteça com o Brasil. Ainda há tempo para mudar”, avalia o presidente da CUT.

Fonte: Contraf-CUT, com CUT Nacional