Crédito: CUT/RS
Caixão simbólico enterrou o neoliberalismo
Um caixão preto com palavras de ações típicas da política neoliberal como "jornada de trabalho de 44 horas", "latifúndio", "práticas antissindicais", "privatizações", entre outras, foi deixado pelos trabalhadores na porta da Federasul.
Trabalhadores enterraram práticas neoliberais
"Esse ato é porque aqui nesse prédio são elaboradas propostas que fazem o Estado retroceder, que violam os direitos da classe trabalhadora", explicou o presidente da CUT-RS, Celso Woyciechowski. Para ele, 13º salário, fundo de garantia, férias e uma carga horária justa não são "dádivas de patrão e sim conquistas dos trabalhadores".
Manifestantes lotaram as ruas do centro
Após, a marcha partiu em direção á Prefeitura de Porto Alegre, onde os representantes dos movimentos sociais da moradia demonstraram sua insatisfação com o governo municipal que não regulariza áreas já ocupadas.
Em seguida, a tradicional Esquina Democrática foi o palco das manifestações dos sindicalistas. A presidente do Cpers/Sindicato, Rejane Oliveira, falou em nome dos servidores públicos: "há 15 anos essa marcha tem cumprido um importante papel na sociedade, de unir trabalhadores do campo e da cidade, de entidades públicas e privadas e unifica os movimentos sociais para lutar e defender os nossos direitos."
Encerramento no Largo Zumbi lembrou a luta pela consciência negra
Depois de percorrerem a Avenida Borges de Medeiros, os manifestantes encerraram a marcha com um ato no Largo Zumbi dos Palmares, devido ás atividades pela consciência negra, que acontecem no mês de novembro, em todo o país.
Trabalhadores de diversas regiões do Estado participaram da Marcha
Para o presidente da CUT-RS, há 15 anos a marcha mostra a união dos movimentos sociais e ainda vive um momento de forte ampliação. "É na rua, é com mobilização que vamos garantir nossos direitos e ter um Estado que atue como indutor do desenvolvimento."
"Desde 1996, a marcha denuncia a corrupção, reivindica os direitos dos trabalhadores e propõe políticas públicas que possibilitam o avanço do desenvolvimento. Este ano, escolhemos encerrar aqui no Largo do Zumbi, porque é uma maneira de dizer não ao racismo, não à criminalização, não ao preconceito e não ao retrocesso", declarou Woyciechowski, encerrando a 15ª Marcha do Sem.
Os eixos da atividade deste ano foram: recuperação do piso regional e valorização do salário mínimo nacional, implantação da lei do piso nacional dos educadores e para segurança, reforma agrária e urbana, aposentadoria, redução da jornada sem redução de salário, fim da criminalização dos movimentos sociais, contra todo o tipo de criminalização, não à meritocracia dos servidores públicos, pelo limite da propriedade da terra, não à precarização do trabalho, reforma da Previdência e defesa do SUS público e gratuito.
Fonte: CUT/RS com edição da Fetrafi-RS