Bancários vão se unir às manifestações promovidas pelas centrais sindicais e movimentos populares – Nesta sexta-feira, dia 22 de março, Dia Nacional de Luta em Defesa da Previdência, o Sindicato dos Bancários participará juntamente com a Frente Brasil Popular, Povo Sem Medo, CUT- PB e demais centrais sindicais de um ato público, a partir das 15h na Lagoa Parque Solon de Lucena, no Centro de João Pessoa para lutar contra essa reforma que acaba com as chances de milhões de trabalhadores de se aposentar. É um esquenta para a greve geral que os trabalhadores vão fazer se Jair Bolsonaro (PSL) insistir em aprovar essa reforma perversa.
Se a proposta de reforma da Previdência apresentada pelo governo for aprovada as pessoas serão obrigadas a trabalhar e contribuir por mais tempo, mas receberão menos. Ao mesmo tempo, o governo e as empresas serão isentas de dar suas contribuições.
Os trabalhadores vão às ruas para defender seu direito de se aposentar e receber um valor justo pela contribuição que dão para o desenvolvimento do país.
O governo quer estipular a idade mínima de 62 anos para mulheres e de 65 anos para homens se aposentarem e extinguir o direito da aposentadoria por tempo de contribuição. Além disso, a idade mínima aumentará a cada quatro, de acordo com o aumento da expectativa de vida da população brasileira. Dados do IBGE mostram que, na maioria dos estados do Norte e Nordeste a expectativa de vida ao nascer em 2017 era de 70 anos a 73 anos. Nos estados do Sul e Sudeste chegava a 79 anos. Mesmo em uma mesma cidade a expectativa pode sofrer muita variação, dependendo da qualidade de vida da pessoa. O Mapa da Desigualdade 2017, elaborado pela Rede Nossa São Paulo, mostra que enquanto, o morador dos Jardins vive 79,4 anos, em média, o morador do Jardim Ângela vive 55,7 anos.
Tempo de contribuição
Além da idade mínima, o governo quer aumentar o tempo contribuição. As pessoas terão que contribuir por 20 anos para receber apenas 60% do benefício. Se quiser receber 100% do benefício, terão que contribuir por 40 anos. Mesmo assim, não receberão o valor integral da aposentadoria. É que o governo quer alterar a forma de cálculo da contribuição. Hoje o cálculo é feito sobre os 80% dos maiores valores pagos. Com a nova proposta, o cálculo levará em conta a totalidade das contribuições, desde quando a pessoa começou a trabalhar.
Mulheres
A reforma será prejudicial para todos os trabalhadores, mas ainda mais para as mulheres. Hoje, a idade mínima para aquelas que vivem abaixo da linha da pobreza e não conseguiram contribuir por 15 anos é de 60 anos. Vai subir para 62 anos.