Crédito: Jailton Garcia/Rede de Comunicação dos Bancários
Declaração da UNI Finanças foi aprovada pelo plenário da 13ª Conferência
A carta foi aprovada pelo Comitê Diretivo da UNI Finanças, em junho de 2010, durante reunião realizada em Copenhague, na Dinamarca. Entre os pontos com os quais os trabalhadores querem que os bancos se comprometam, estão a garantia de que os sistemas de incentivo para os empregados "sejam realistas, justos e transparentes; baseados em objetivos sustentáveis e de longo prazo; e não prejudiquem os empregados". Além disso, os trabalhadores querem garantia de que os produtos financeiros sejam adequados para as necessidades dos consumidores.
"Os bancários querem acabar com as pressões que sofrem nos bancos, com remuneração vinculada a metas abusivas e assédio moral, para vender a qualquer custo", afirma Carlos Cordeiro, presidente da UNI Américas Finanças e da Contraf-CUT. "Queremos oferecer aos clientes um atendimento ético, esclarecendo as pessoas sobre os serviços, taxas de juros e tarifas de forma clara e transparente, e garantir que esses serviços atendam de fato às necessidades de cada cliente. Queremos acabar com procedimentos como a venda casada, que os bancos pressionam os trabalhadores a realizar", conclui.
O texto também cobra o fim das metas abusivas de produção, com o compromisso de que os objetivos, quando existirem, sejam razoáveis, alcançáveis e tenham remuneração determinada em negociações com as entidades sindicais. No mesmo sentido, os bancários reivindicam o fim do clima acirrado de competição e o estabelecimento de uma "cultura gerencial baseada na confiança, motivação e trabalho em equipe, sem controle abusivo e pressão sobre as vendas e sem ranqueamento individual de performance."
A UNI Finanças é o braço para o setor financeiro da UNI Sindicato Global, entidade internacional à qual a Contraf-CUT é filiada.
Fonte: Rede de Comunicação dos Bancários / Nicolau Soares