Reportagem exibida nesta quarta-feira (9) pela Rede Record revelou mais uma vez e ineficácia da lei estadual no Rio de Janeiro que proíbe o uso de celular nas agências, com o objetivo de reduzir o risco do crime conhecido como "saidinha de banco". Essa legislação não têm apoio dos bancários e vigilantes. Em menos de 24 horas, foram registrados três casos no Rio.

Duas pessoas ficaram feridas e o aposentado Jaime de Andrade, de 67 anos, foi morto, atropelado, enquanto bandidos fugiam da polícia. O crime provocou a ira de moradores de Belford Roxo, na Baixada Fluminense, que presenciaram o atropelamento do idoso. Os ladrões por pouco não foram linchados.

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Apesar da lei, sancionada pela Assembleia Legislativa depois de ter sido vetada pelo governador Sérgio Cabral, essa modalidade de assalto só aumenta no Estado. De abril a junho deste ano, foram 532 – 33% a mais em relação ao mesmo período em 2010, segundo dados da Secretaria de Segurança Pública.

O diretor do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro, André Pires, apontou que "o crime começa dentro das agências" e alertou para a responsabilidade dos bancos em fazer a sua parte para eliminar riscos. Para ele, a lei que proíbe o uso do celular é inócua e as instituições financeiras devem instalar equipamentos que impeçam a visualização das operações por olheiros.

Uma cliente foi ouvida na reportagem e defendeu a instalação de biombos nos bancos, como forma de garantir a privacidade na hora das transações.

Fonte: Contraf-CUT com Rede Record