Do total de depósitos do mercado nacional, 54,5% estavam nas mãos dos três maiores bancos do país em junho de 2009. Um ano antes, esse percentual era de 46,3%. As gigantes operações de fusão e aquisição -como Itaú/Unibanco e Banco do Brasil/Nossa Caixa – aprofundaram essa realidade.
"Houve um aumento na concentração bancária. Mas isso não implica necessariamente uma piora da concorrência", afirmou Márcio Nakane, um dos responsáveis pelo estudo da Tendências. "A conclusão é que não há uma relação tão forte como se imagina entre concentração e concorrência", diz.
Os níveis de concentração do setor bancário no Brasil estariam em linha com o observado nos países mais ricos. Isso ao menos até antes das mudanças provocadas pela crise financeira – o estudo contempla dados dos bancos internacionais apenas até o ano de 2007.
A expansão da fatia dos três maiores bancos do país – Banco do Brasil, Itaú Unibanco e Bradesco – no segmento de crédito subiu de 41,4% do mercado no fim do primeiro semestre de 2008 para 48,5% um ano depois.
Fonte: Folha de São Paulo / FABRICIO VIEIRA