Há várias maneiras de se promover transformações profundas na história de um país e na vida de seu povo. O Brasil já experimentou várias delas. Creio, mesmo, que já passamos por todos os experimentos institucionais, desde o rompimento de Pedro I com a coroa portuguesa, passando pela queda da monarquia e a proclamação da República. Purgamos as eleições a bico-de-pena e seus governos ilegítimos na República Velha e assistimos a revolução de 30 promovida pela Aliança Liberal e os quinze anos de Getúlio no Catete, marcados tanto por profundas e benéficas mudanças sociais quanto pelo autoritarismo político.

Passamos pela redemocratização, em 1945 e em 1985; pela tragédia do suicídio de um presidente em 1954, a deposição de outro em 1964 e o impeachment de um terceiro em 1992. Fomos às ruas em 1984 pelas diretas e reconquistamos na Constituinte de 1988 o direito de eleger pelo voto direto o nosso presidente. Fomos submetidos a traumas institucionais que vão desde a renúncia de Jânio, em 1961, à formação de uma Junta Militar, oito anos depois, que jogou o país numa longa noite de terror e sofrimentos. Superamos tudo.
A história do Brasil e de sua brava gente é a crônica de lutas e sofrimentos. Mas, graças a Deus, também é um belo roteiro de recomeços, esperanças e conquistas. Somos um povo excepcional, cujas provações enfrentadas serviram para solidificar o caráter férreo e a sincera decisão de lutar sempre e jamais entregar os pontos ou fugir da raia.
Mas nunca, jamais, em tempo algum, tivemos a oportunidade de vivenciar dias como os de hoje, quando uma revolução silenciosa e irreversível, sem sofrimentos e sem derrotados, muda a face do país e o prepara para emergir como uma das grandes potências do século que mal se inicia. Nunca! Estamos inseridos numa das mais belas e decisivas páginas da história social, política e econômica de nosso Brasil. Poucas vezes foi tão emocionante, tão belo e tão desafiador ser brasileiro. Temos um presente de sucesso e bonança que nos enche de alegria e orgulho, e um futuro promissor que nos exige mais trabalho e responsabilidade redobrada.
Nada veio de mão-beijada para o povo brasileiro. Tudo o que temos é fruto de talento, garra e determinação. O governo do presidente Lula, o mais popular e bem-sucedido desde Getúlio e JK, reorganizou um Estado arrasado pela incompetência gerencial e a traição aos interesses nacionais. O enorme patrimônio de nossas conquistas, desde a Petrobrás, passando pelo Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal, foi protegido, reformulado e fortalecido, escapando de um destino inglório traçado pelos que promoveram o desmonte de boa parte das riquezas nacionais na década infame dos anos 90 – aqueles em que não saíamos dos balcões do FMI e fomos à lona em três quebras sucessivas.
Quando relembramos da década dos tucanos e miramos o presente, temos a oportunidade de comparar o Brasil humilhado e vencido de FHC, com o desmonte da máquina pública, com a entrega de algumas de nossas maiores riquezas, com as filas imorais do desemprego em massa, com o apagão e as mazelas do neo-liberalismo, com o Brasil vitorioso e promissor de Lula, o país que acredita em si e no seu poder criativo, no talento de seus empreendedores e na força de seu povo genial.

 Estamos vivendo os dias de uma revolução pacífica, de mudanças profundas em nossa sociedade, de transformações que se concretizam com absoluta paz e sem o derramamento de uma única gota de sangue. Hoje, sob a batuta do mais popular, respeitado e querido de nossos presidentes nas últimas quatro décadas, derramamos é suor, trabalhando como nunca num país de oportunidades, com a economia aquecida, a justiça social sendo feita, o mais exitoso processo de redistribuição de renda e a consolidação da mais forte das democracias de todo o continente.
 Não é por ser professor de matemática, mas por ser um cidadão brasileiro que ama seu país e seu povo, que faço questão de comentar alguns poucos números e seu significado para o Brasil:

 

·        2,9 milhões de computadores foram vendidos no primeiro trimestre no Brasil, alta de 40% se comparado o mesmo período de 2009;

 

·        Os consumidores das classes C e D responderão por 87,5% das vendas de computadores em 2010;

 

·        O consumo de energia elétrica cresceu 10,5% no mês passado em relação a maio de 2009. São mais lares com luz, são mais empresas produzindo dia e noite;

 

·        Pela primeira vez, em 34 anos, segundo o IBGE, as famílias gastam menos de seu orçamento para comer mais;

 

·        Apenas no mês de maio foram gerados 298 mil novos postos de empregos formais, o maior índice para esse mês desde 1992;

 

·        Em sete anos de governo Lula, foram criados 13 milhões de novos postos de empregos formais, na maior geração de empregos da história do Brasil;

 

·        Até o mês de dezembro mais 2 milhões de novos empregos formais serão criados num país que já não sabe o que é desemprego;

 

·        Em 2009, 93% das categorias de trabalhadores conquistaram aumento real de salários. Outras 17 categorias profissionais (2,7% do total) obtiveram a reposição da inflação. Nenhum trabalhador perdeu um centavo;

 

·        A Copa de 2014, cuja realização em nosso país foi uma batalha pessoal do presidente Lula, vai injetar R$ 142 bilhões na economia brasileira, trazendo um ‘boom’ turístico jamais visto em todos os tempos;

 

·        O programa de erradicação do trabalho infantil tirou milhares de crianças de condições sub-humanas e as levou para a escola, dando-lhes dignidade e futuro;

 

·        A indústria do material de construção atinge os maiores índices de venda em todos os tempos: é o povo construindo, realizando o sonho da casa própria. Além disso, R$ 69,92 bilhões foram investidos em habitação. Um aumento de 600% em relação a 2002;

 

·        O PIB ultrapassa as estimativas mais conservadoras do próprio governo e deverá passar dos 7% em 2010, mostrando o acerto da política econômica do presidente Lula e o crescimento de nosso país;

 

·        O percentual da população pobre caiu de 42,7% para 28,8% na Era Lula. Mantida a tendência de crescimento médio da economia, o Brasil cortará a metade o número da pobreza até 2014, menos de 8% da população. O equivalente a meia França saiu da pobreza e ganhou cidadania e dignidade pelas mãos do governo Lula.

 

Poderia continuar com números impressionantes em todas as áreas, especialmente na educação, na saúde e na geração de empregos, mas prefiro lembrar que ainda há muito a ser feito e que é necessária a continuidade do trabalho do presidente Lula e de sua equipe. Não podemos retroceder, voltar atrás, dar marcha-à-ré , retroagir aos anos da injustiça social, da quebradeira econômica, da venda do patrimônio nacional a preço vil em privatizações danosas, do desemprego que tornou-se dramático e do apagão nunca dantes experimentado.

 

Vivemos hoje um dos melhores momentos de nossa vida nacional. Somos parte da história e nos reencontramos com o futuro preconizado desde sempre pelos que acreditam em nosso destino de grandeza e sonharam uma grande Nação. Hoje somos o oposto do que éramos faz pouco tempo, no início de 2003, quando Luiz Inácio Lula da Silva recebeu de Fernando Henrique Cardoso uma herança maldita: um país quebrado, desacreditado, cheio de dívidas e de mazelas. Homem de fé, com espírito de luta e conhecedor de sua gente, Lula lutou e venceu. Ao contrário do antecessor tucano, deixará para sua sucessora um país reorganizado, respeitado em todo o mundo, com as contas em dia, vitorioso em todas as áreas, com a auto-estima recuperada e um futuro mais que promissor.

 

Eu vos digo meus irmãos brasileiros: a herança de Lula será bendita.

 

Artigo do professor Delúbio Soares.

 
Fonte:  www.delubio.com.br

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